De frente a tela do computador eu preparo minha estratagema para o dia. O golpe que irá decidir os novos rumos. Vestindo um traje social, espero o fone tocar com a boa noticia…

Suportar o NÃO como resposta para tudo tem um peso perigoso. Fazer uma reforma é necessária a contra gosto. Um tipo de vacina contra o mau caráter. Mas como reagir perante o receituário inverso  ao esperado? Eu duvido de tudo e de todos … Salvo pelo velocidade que tem a justiça natural.

De-repente  um inseto se apascenta em nós. Cada um com sua gênese.. Seu ímpeto,seu reflexo ou sua falta de sentido. Um monstro revelado. Estamos nus perante o choque de realidade…Não ha como dobrar a esquina ter capturado a ideia central de se encarar  o que  pode ser nocivo.

Certa vez, escrevi para minha felicidade um verso que guardo comigo e sua pertença.“Não dá pra brincar  de ser feliz , pois não há meretriz que possa brincar contigo”.

Parece brincadeira ,mas é adrenalina pura… Cair de cabeça no jogo da vida é  enfrentar de olhos fechados nossos monstros introspectivos. Beba deste verme que habita dentro de nós reaprenda que o novo é instrumento de auto defesa dos ciclos.

 

Luiz Renato Vicente é acadêmico de Filosofia da UEM (Universidade Estadual de Maringá). Vencedor de duas Edições do Prêmio Melhor Leitor do Ano pela Rotary Club Internacional e Semuc. 2017 ( 2º lugar) e 2019 ( 1º lugar) na categoria adulto. Autor do Livro Desamparo ( Micro-Contos) Pela AR Publisher Editora.