Recebeu certo dia uma chamada da junta militar de sua cidade. Pensou talvez fosse um convite endereçado erradamente. Mas levou um susto quando tocou o interfone de sua morada simples em que morava sozinho. Dois caras fardados a carater tinham em mãos um convite nada agradável…   Pegou um pouco de roupa velha que estava próximo das mãos e logo adentrou o carro oficial.

Narciso suava frio, nunca teve problemas com a justiça ou coisa do género. Rezou um terço em ofertório em pedido de livramento para Deus… Chegando ao recinto… um prédio imponente com ar de velharia esperava a   colaboração de Narciso.

entrou com a cabeça baixa, o medo era feita quem visionara um fantasma…Em uma sala oficial um general sozinho lhe esperava. ” Sente-se meu rapaz” dirigiu-lhe o senhor com a farda dotada de muita medalhas. “Porque cargas aguas devo fazer aqui” ?? o General pegouuma caixa de charutos e ofereceu um a Narciso… “Você ainda não sabe “???

Foste chamado devido a substituição de um praça do tempo em que você era jovem. Vale dizer que Narciso foi fuzileiro naval, mas consegui uma dispensa devido o excesso de candidatos selecionados.

Narciso não entendia pouco, quase nada da funcão exercida na Marinha. Foi escalado para um missão no camboja… Uma guerra civil havia estourado e a elite usurpando a classe pobre que não tinha o que comer ficou submissa as desmandes do exercito daquele pobre País.

Naquele lugar onde  justiça não era nome pronunciado.. Emmanuel  Salassai ídolo da Jamaica era o exemplo de Deus aguardado numa atividade santa de resgate que nunca foste visto pelas bandas ( terras secas sem plantações para alimentos).

Narciso estava alojado em um agrupado de fuzileiros que faziam de tudo para dizimar aquela guerra santa como se costuma dizer… Não havia descanso para os jovens brasileiros. Muitos foram os que ficaram feridos na intervenção a tiros que era quase inevitável…

Narciso muitas vezes doou seu almoço á algumas crianças quando sentia a força da fome e o processo de destruição que ela causa em potencial…

Queria sair dai o mais rápido daquele lugar .. A guerra não impressionava Narciso… Mas a ausência de fé de muitos que creem no poder de um rifle… Ficou por lá especificamente três meses… Entrou em uma tremenda depressão.. Pediu dispensa e quando chegou no Brasil pediu a Deus por aquela gente humilde  e prometeu nunca mais abrir a porta  a chamados oficiais.

 

 

Luiz Renato Vicente é acadêmico de Filosofia da UEM (Universidade Estadual de Maringá). Vencedor de duas Edições do Prêmio Melhor Leitor do Ano pela Rotary Club Internacional e Semuc. 2017 ( 2º lugar) e 2019 ( 1º lugar) na categoria adulto. Autor do Livro Desamparo ( Micro-Contos) Pela AR Publisher Editora.