Clara tece o minuto com arte manuscrito. Cítara toca o noturno esculpido intacto. Beijos norteiam a mesma estupida que rejeita. Só espero do beijo aurora um diminuto. Abre a boca ao novo cântico do verbo, a palavra encalhada na garganta, esparramada pelo extenso do universo, deitada sob a sombra do escarnio, sublinhada pelo céu de setembro;Para transladar um interno por inteiro… E se aplaine depois com o gozo dos que morrem, para o contínuo infinito…

Luiz Renato Vicente é acadêmico de Filosofia da UEM (Universidade Estadual de Maringá). Vencedor de duas Edições do Prêmio Melhor Leitor do Ano pela Rotary Club Internacional e Semuc. 2017 ( 2º lugar) e 2019 ( 1º lugar) na categoria adulto. Autor do Livro Desamparo ( Micro-Contos) Pela AR Publisher Editora.