Em tempos de quarentena o Brasileiro não tem uma perspectiva de quanto tempo as atividades (empregos) retornaram ao normal. Dentro da retórica do presidente, pessoas com idade até 60 anos tem imunidade ao vírus COVID – 19. (O que é uma cascata). Existem pessoas morrendo em todas as faixas etárias, tendo preparo físico ou não, contrariando as palavras do chefe da nação, que disse, em rede nacional, que devido o seu histórico atlético, não iria contrair o vírus.

Para um líder político que abusa do tom ameaçador, e ainda se diz apoiador de uma intervenção militar, a política brasileira tem uma sensação macabra e impiedosa, um viés apocalíptico. Afinal, quem não lhe obedece pode levar uma canetada, ou seja, a demissão. Por essas e outras não vejo ninguém pior para ser líder da nação.

Em um país onde o presidente diz não gostar de jornalista, devemos focar no Brasil como um país que precisa de um líder que seja democrático. O líder de um país tem que ter perfil sóbrio, lúcido e objetivo.

E assim, diz o atual estadista despreocupado, enaltecendo seu discurso com palavras eruditas: “Acabou a Patifaria, quem fala  sou eu. Agora é povo no poder e eu sou a constituição.” Não precisa ser especialista em política  para entender a jogada por detrás de tanto caos. De um lado líderes querendo se manter no poder e do outro, jornalistas querendo por em prática seus ideais.

E nas sábias palavras proferidas pelo ministro do STF, Luis  Roberto Barroso: Só  pode julgar intervenção quem perdeu a fé no futuro e sonha com um passado que nunca houve.

 

Luiz Renato Vicente é acadêmico de Filosofia da UEM (Universidade Estadual de Maringá). Vencedor de duas Edições do Prêmio Melhor Leitor do Ano pela Rotary Club Internacional e Semuc. 2017 ( 2º lugar) e 2019 ( 1º lugar) na categoria adulto. Autor do Livro Desamparo ( Micro-Contos) Pela AR Publisher Editora.