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Por Millena Mello, médica veterinária
O excesso de peso em cães e gatos é um problema cada vez mais frequente no dia a dia dos consultórios veterinários.
Com taxas que se assemelham aos dados dos humanos, estima-se que entre 59% dos cães e 52% gatos estão acima do peso.
Acredita-se que o aumento da incidência esteja relacionada com o crescente estilo de vida acelerado das pessoas, onde predomina o sedentarismo e uma dieta desequilibrada, o que acaba refletindo em seus pets.
Além disso, existem fatores genéticos para a obesidade em pets, como predisposição racial, castração precoce e doenças endócrinas como hipotireoidismo e hiperadrenocorticismo. Também existem fatores externos que contribuem, como o consumo excessivo de petiscos e, na grande maioria, a falta de exercício é um fator preponderante..
A obesidade em cães e gatos deve ser tratada logo no início, pois ela pode desencadear inúmeros problemas, tais como dores articulares, sobrecarga nas articulações, doenças metabólicas – como resistência a insulina que leva à diabetes -, aumento de gordura no sangue, com triglicérides e colesterol, causando problemas como hipertensão.
Algumas raças de cães predispostas à obesidade são: labradores, dachshund, beagles, boxers, cockers spaniels e basset hounds.
Os gatos da raça Manx e os mestiços têm duas vezes mais chances de desenvolver obesidade.
Para um diagnóstico adequado e excluir possíveis doenças associadas à obesidade, o recomendado é procurar um hospital veterinário.
Para o tratamento da obesidade existem inúmeros fatores que devem ser considerados. Ele vai além do fornecimento de uma alimentação completa, balanceada e em quantidades adequadas. A dieta é apenas um item a ser considerado para o sucesso do programa de redução de peso, apesar de ser parte essencial para o tratamento, além é claro, de exercícios, para o ajustamento do gasto energético e estabelecimento de metas realistas.
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