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No Dia Mundial da Saúde, celebrado nesta segunda-feira (7), a Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta preocupante: quase 300 mil mulheres morrem anualmente em decorrência de complicações na gravidez ou durante o parto. A cada ano, mais de 2 milhões de bebês morrem no primeiro mês de vida, e outros 2 milhões são natimortos.
Os dados revelam uma dura realidade enfrentada principalmente em países em desenvolvimento. Para a OMS, o mais alarmante é que grande parte dessas mortes poderia ser evitada com acesso a atendimento médico de qualidade e em tempo hábil.
“Isso representa aproximadamente uma morte evitável a cada sete segundos”, destacou a organização.
Diante desse cenário, a OMS lançou a campanha “Começos saudáveis, futuros esperançosos”, com duração prevista de um ano. A proposta é ampliar a conscientização sobre os cuidados com mães e recém-nascidos, fortalecendo políticas públicas e serviços de saúde.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que garantir um bom começo de vida beneficia não só as famílias, mas também o desenvolvimento das comunidades e da economia.
Apesar dos desafios, houve avanços importantes nas últimas décadas. Desde o ano 2000, as mortes maternas caíram 40% em todo o mundo. Em 2023, pela primeira vez, nenhum país foi classificado com taxas extremamente altas de mortalidade materna, segundo a entidade.
A OMS também destacou que o acesso ao pré-natal, ao parto assistido por profissionais qualificados e aos cuidados no pós-parto melhorou significativamente entre 2000 e 2023, mas ainda é insuficiente para reverter os dados atuais.
A campanha busca reforçar a importância do cuidado integral com a saúde da mulher desde o início da gestação até o pós-parto — um tema que também reflete na realidade brasileira, incluindo regiões como o Paraná, onde a ampliação da atenção básica e o acesso ao SUS seguem como pilares fundamentais para a redução da mortalidade materna e neonatal.
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