Use o abecedário no autoexame do câncer de pele

Segundo o INCA, país deverá registrar 220,5 mil novos casos do tipo não melanoma 8,5 mil de melanoma, no triênio 2023-2025.

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    O câncer de pele é o tipo de tumor que mais acomete brasileiros. As lesões malignas na pele representam 30% do total de todos os cânceres no país. Embora a maioria dos casos tenha tratamento eficaz e bons prognósticos, o câncer de pele do tipo melanoma é agressivo e metastático, apresentando alta taxa de mortalidade quando diagnosticado tardiamente.

    O principal fator para o sucesso do tratamento é a detecção precoce, tornando o autoexame uma estratégia essencial na jornada de cuidado com a saúde.

    O principal sintoma do câncer de pele é o surgimento de manchas e pintas ou lesões que não cicatrizam, parecidas com outras lesões benignas. Podem se apresentar com diferentes formatos e colorações, a depender do tipo de câncer. Ocorrem em áreas do corpo mais expostas ao sol.

    Embora a maioria dos casos tenha tratamento eficaz e bons prognósticos, o câncer de pele do tipo melanoma é agressivo e metastático, apresentando alta taxa de mortalidade quando diagnosticado tardiamente. O principal fator para o sucesso do tratamento é a detecção precoce, tornando o autoexame uma estratégia essencial na jornada de cuidado com a saúde.

    Segundo pesquisa do Instituto Nacional do Câncer, o país deverá registrar 220,5 mil novos casos de câncer de pele do tipo não melanoma no triênio 2023-2025 e 8,5 mil casos de melanoma. O tumor representa 30% das notificações no Brasil.

    O esquema ABCDE pode ajudar no autoexame das manchas:

    • A – Assimetria: lesões assimétricas podem indicar malignidade, enquanto as simétricas tendem a ser benignas.
    • B – Bordas: bordas irregulares podem ser sugestivas de malignidade; bordas regulares geralmente indicam uma lesão benigna.
    • C – Cor: a presença de múltiplas cores na mesma lesão pode ser um sinal de alerta, enquanto lesões de coloração homogênea são menos preocupantes.
    • D – Dimensão: lesões com diâmetro maior que 6 mm podem indicar risco aumentado de malignidade, mas melanomas menores também podem ocorrer.
    • E – Evolução: mudanças na aparência da lesão ao longo do tempo, como crescimento ou alteração de cor, são sinais de atenção.

    Médico de família e coordenador da Amparo Saúde – uma empresa do Grupo Sabin, dr. Leonardo Demambre Abreu destaca que o autoexame é útil na identificação de manchas suspeitas, mas não substituiu a avaliação de um profissional.

    “Algumas lesões podem escapar desse esquema, como melanomas menores de 6 mm e com tonalidade única. A confirmação do diagnóstico é feita por meio de biópsia excisional, que remove toda a lesão com margens de segurança. Em lesões extensas ou localizadas em regiões delicadas, pode-se realizar uma biópsia incisional antes da remoção total, explica.

    O médico reforça ainda que o exame dermatológico regular é essencial, especialmente para grupos de risco, como pessoas de pele clara, com histórico de queimaduras solares, imunossupressão ou histórico familiar de melanoma.

    Tipos de câncer de pele: 

    • Carcinoma basocelular: geralmente se apresenta como uma pápula perolada com vasos sanguíneos visíveis (telangiectasias), podendo conter uma crosta central que sangra facilmente.
    • Carcinoma espinocelular: pode surgir como uma ferida avermelhada e descamativa que não cicatriza e sangra, ou como um nódulo firme semelhante a uma verruga vermelha.
    • Melanoma: aparece como uma pinta ou sinal escuro na pele, que pode mudar de cor, formato ou tamanho. Apresenta bordas irregulares e variações de tonalidade (vermelho, rosa, branco, azul ou azul-escuro). Alguns casos podem causar coceira, queimação ou dor na região afetada. Apresenta alta taxa de mortalidade quando diagnosticado tardiamente devido à sua capacidade de se espalhar para outros órgãos.

    Cuidados e prevenção: 

    Para reduzir o risco de câncer de pele, recomenda-se evitar exposição solar direta nos horários de pico (10h às 16h), usar roupas com proteção UV, chapéus e óculos de sol. Aplicar e reaplicar protetor solar a cada 2 horas em exposições curtas e a cada 80 minutos em caso de suor excessivo ou contato com água.

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