Mãe e filha jogam bilhetes pedindo socorro da sacada e são resgatadas após dois dias em cárcere no PR

Um vizinho encontrou um dos papéis na entrada do prédio, avisou a síndica e acionou a Polícia Militar. O suspeito foi preso.

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    Após passarem dois dias em cárcere privado, duas mulheres – mãe e filha – foram resgatadas pela Polícia Militar do Paraná neste sábado (13), em Pinhais (cerca de 430 km de Maringá). Elas eram mantidas presas por um conhecido da família, dentro de um apartamento.

    Entre a noite de sexta-feira (11) e a madrugada de sábado (12), as vítimas aproveitaram o momento em que o suspeito dormia para escrever quatro bilhetes pedindo ajuda e os jogaram da sacada.

    Na manhã de sábado (12), um vizinho encontrou um dos papéis na entrada do prédio, avisou a síndica e acionou a Polícia Militar.

    Em um dos bilhetes estava escrito: “Quero pedir socorro! Pois estou em cárcere privado, desde quinta pela manhã! Eu e minha mãe! Se a polícia vir, sem alarde, por favor. É melhor entrarem pela sacada! Apartamento [número omitido]. Avise o condomínio! Obrigada!”.

    Quando chegaram no local, os policiais conversaram com um morador que relatou ter encontrado os bilhetes e conduziu os policiais até o apartamento indicado. Ao entrarem no imóvel, os agentes se depararam com as vítimas amarradas pelos pés em cadeiras em um quarto. Elas informaram estar em situação de cárcere desde a última quinta-feira (10).

    O autor do crime, identificado como Glauber Gandra Severino, estava no local e pulou para um apartamento vizinho quando os policiais chegaram. Com o apoio de outro morador, que também é policial militar, as equipes entraram no imóvel e localizaram o suspeito, preso em flagrante. 

    As vítimas contaram à polícia que conheciam Glauber porque ele havia tido um relacionamento amoroso com uma prima delas. Além disso, ele também morou no mesmo prédio que a mãe e a filha em 2023 e, por esse motivo, tinha as chaves da entrada.

    Segundo o delegado Gustavo de Pinho, o homem entrou no apartamento na quinta-feira (10), quando uma das mulheres saiu para ir à farmácia. Na maior parte do tempo, ele manteve as vítimas amarradas em um quarto.

    Durante o interrogatório, o suspeito admitiu que cometeu o crime por motivação financeira. Ele contou que havia perdido o emprego recentemente e decidiu agir por já conhecer as vítimas e saber que elas tinham maior poder aquisitivo.

    No local, os policiais apreenderam uma mochila contendo abraçadeiras plásticas, fitas adesivas, ferramentas, o celular de uma das vítimas e R$ 2,7 mil em dinheiro. A Polícia Civil continua investigando o caso.

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