Mulher planejou morte do marido com caseiro após descobrir traição, aponta denúncia do Ministério Público

Fátima da Silva e Vagner Juliano Calixto Maria estão presos e foram denunciados por homicídio e ocultação de cadáver.

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    Fátima da Silva, de 48 anos, foi denunciada por homicídio e ocultação de cadáver pela morte do marido, Edmar Alexandre Rodrigues, que desapareceu em janeiro deste ano e não foi mais visto. Um caseiro que trabalhava na propriedade, Vagner Juliano Calixto Maria, também foi denunciado pelo mesmo crime.

    De acordo com o Ministério Público do Paraná, os suspeitos planejaram o assassinato após Fátima descobrir uma traição do marido. Edmar teria um envolvimento com Juliana Aparecida da Silva, a esposa do caseiro.

    O promotor de Justiça Júlio César da Silva ainda considerou que os crimes foram cometidos por motivo torpe, com dissimulação e recursos que dificultaram a defesa da vítima.

    De acordo com o documento da denúncia, Vagner e sua esposa, Juliana, trabalhavam como caseiros na propriedade de Edmar, ajudando nos cuidados com as vacas leiteiras. Com o tempo, Vagner descobriu que sua esposa mantinha um relacionamento com a vítima.

    Edmar e Vagner chegaram a conversar sobre o assunto, e o agricultor ofereceu um terreno de mil metros quadrados como “compensação” pela traição. No entanto, a propriedade pertencia à mãe de Edmar, que não concordou com a transferência da terra.

    Diante da promessa não cumprida, Vagner revelou a Fátima sobre a traição, e juntos começaram a planejar a morte de Edmar. Conforme a denúncia, o assassinato ocorreu no dia 2 de janeiro.

    Fátima, Vagner e Juliana foram presos no dia 11 de março. Em 27 de abril, a Polícia Civil divulgou que roupas de Edmar, encontradas em uma cova rasa, confirmaram as suspeitas de um homicídio seguido de ocultação de cadáver. O corpo de Edmar ainda não foi localizado.

    Inicialmente, Vagner negou qualquer envolvimento no crime, mas posteriormente admitiu o assassinato, dizendo que tudo foi planejado pela esposa da vítima.

    De acordo com o depoimento dele, Fátima atraiu o agricultor para fora de casa, dizendo que precisavam buscar ração para os porcos. Foi durante o retorno para casa que o assassinato ocorreu.

    No relato do ex-caseiro, Fátima escondeu uma arma perto de uma cerca, para que ele a pegasse e seguisse até o local combinado entre eles. Vagner contou que parou o carro nas proximidades da Estrada Ribeirão Sarandi, dentro do município de Maringá, e levantou o capô para fingir que o carro estava quebrado. Foi nesse momento que o Vagner deu dois tiros na cabeça de Edmar. Ele colocou a vitima na caçamba do carro da Fatima e foram até a cova onde ficou o corpo dele no inicio

    Ele relatou que Fátima estava preocupada com a possibilidade de a polícia encontrar o corpo de Edmar durante as buscas realizadas em sua casa, em fevereiro. Por esse motivo, ela foi até onde o cadáver estava enterrado, o tirou da cova e o esquartejou. Depois, colocou os pedaços em um tambor e jogou no Rio Pirapó.

    A investigação não confirmou a participação de Juliana, esposa do caseiro, no assassinato de Edmar. Por essa razão, ela foi liberada e não foi acusada formalmente pelo Ministério Público. No entanto, conforme o delegado, ela seguirá sendo investigada enquanto permanece em liberdade.

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