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Cristiano Rodrigo da Silva, de 40 anos, procurado pela Justiça de São Paulo há 17 anos por homicídio, roubo e falsidade ideológica, foi preso na última segunda-feira (10) enquanto participava de um concurso para o cargo de investigador da Polícia Civil.
A prisão ocorreu na Academia da Polícia Civil, localizada no Butantã, Zona Oeste da capital, durante a realização da prova oral.
De acordo com a Polícia Civil, a captura de Silva foi possível graças a uma investigação de inteligência que identificou um mandado de prisão ativo contra o candidato. Assim que ele chegou ao local da prova, a ação foi coordenada, resultando em sua detenção.
A história de Cristiano Rodrigo remonta a um homicídio brutal cometido em 2006, no qual ele é acusado de matar um funcionário de uma pizzaria na Zona Leste de São Paulo. Usando uma falsa viatura da Polícia Civil, Silva, junto com o comparsa Ricardo Fabiano da Silva Coutinho, sequestrou a vítima e a levou para Mairiporã, na Grande São Paulo, onde o rapaz foi executado com um tiro na cabeça. O crime também envolveu o roubo do carro da vítima, que foi encontrado incendiado em Guarulhos após a execução.
Cristiano Rodrigo e seu comparsa usaram um Gol adaptado com as cores das viaturas da Polícia Civil para cometer o crime. A viatura falsa foi localizada em um estacionamento alugado por Ricardo Fabiano, que foi preso e condenado.
Curiosamente, Silva conseguiu avançar em diversas etapas do concurso público da Polícia Civil. Ele já havia sido aprovado na prova escrita e passou pela fase de comprovação de idoneidade e conduta, que consiste em uma investigação sobre o histórico criminal e social do candidato.
A Polícia Civil informou que, de acordo com a legislação do Supremo Tribunal Federal, uma investigação social não pode excluir um candidato, a menos que haja uma sentença condenatória transitada em julgado, o que não era o caso de Silva na ocasião.
Veja abaixo:
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No entanto, a descoberta do mandado de prisão contra ele durante a análise social resultou em sua prisão, impedindo que ele prosseguisse para as próximas etapas do concurso. Como consequência, Cristiano Rodrigo foi desclassificado da seleção.
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