Começa hoje (4) o júri popular de ex-policial penal por assassinato de tesoureiro do PT

O réu, Jorge Guaranho, foi denunciado por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e o perigo comum.

  • Nesta quinta-feira, dia 4, tem início o júri popular do ex-policial penal Jorge Guaranho, acusado de matar o tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), Marcelo Arruda.

    O caso aconteceu em Foz do Iguaçu, no dia 9 de julho de 2022, durante a comemoração de aniversário de 50 anos da vítima

    O tema principal da festa era o PT e o então candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva. Jorge Guaranho – apoiador do então presidente Jair Bolsonaro – teria dito a frase “petistas vão morrer” antes de atirar contra Marcelo Arruda.

    O réu foi denunciado por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil (discussão motivada por divergências políticas) e o perigo comum (porque o acusado atirou contra a vítima em ambiente com outras pessoas, colocando-as em risco).

    O advogado Daniel Godoy Junior, que representa a família de Marcelo Arruda, expressou confiança no conjunto de evidências apresentadas para confirmar o caráter duplamente qualificado do homicídio.

    “Há um farto conjunto probatório, testemunhal e de laudos periciais, que confirma o homicídio duplamente qualificado: pelo motivo fútil, associado à violência política, e também pelo perigo comum. Além de matar a vítima, o réu colocou outras pessoas em risco e o resultado da conduta poderia ter sido uma tragédia ainda maior. O que esperamos é uma sentença de caráter sancionador e também pedagógico, porque a sociedade brasileira não pode admitir que a intolerância e o ódio persistam instigando a conflagração social”, disse o advogado Daniel Godoy Junior.

    A defesa de Guaranho, liderada pelo advogado Samir Mattar Assad, contesta as alegações de motivação política no crime. Eles argumentam que o incidente foi resultado de uma “discussão de [nível] quinta série” e que Guaranho agiu em legítima defesa diante de uma suposta agressão iminente por parte da vítima, que estaria armada.

    “Buscaremos a absolvição plena de Jorge Guaranho, que foi vítima da situação ocasionada pelo descontrole da vítima que o agrediu violentamente após troca de ofensas verbais atingindo sua esposa e filho recém-nascido que estavam no veículo”, afirmou.

    Foto: Reprodução / Redes sociais

    Comentários estão fechados.