Lei quer elencar prioridades para acesso a vagas no ensino integral em Maringá

De autoria do vereador Daniel Malvezzi (Novo), projeto elenca prioridades com base em leis já existentes para que os pais consigam ter acesso ao ensino integral na matrícula dos filhos. Topo da lista seria destinado à mães vítimas de violência doméstica. Texto ainda aguarda parecer das Comissões Permanentes.

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    Um projeto de lei quer elencar prioridades para pais de alunos que buscam vagas em escolas de ensino integral em Maringá. O texto é de autoria do vereador Daniel Malvezzi (Novo). Protocolado no dia 15 de julho, a matéria ainda aguarda parecer das Comissões Permanentes do legislativo.

    Na prática, o texto elabora uma lista, com prioridades já existentes em outras leis municipais e cria um “ranking” dessas especificações. Conforme o texto, por exemplo, a prioridade máxima deverá ser dada para crianças cujo as mães sejam vítimas de violência doméstica. Esta prioridade já existe com base em uma lei municipal, de 2017. Ao todo, o projeto elenca três itens de prioridade, sendo que a última delas, que fala do critério socioeconômico, foi sugerida pelo próprio parlamentar:

    • 1º: crianças cujas mães ou responsáveis legais sejam vítimas de violência doméstica e familiar, nos termos do art. 7.º da Lei Federal n. 11.340/2006, em consonância com a Lei Municipal n. 10.522/2017;
    • 2º: crianças e adolescentes em acolhimento familiar, nos termos das disposições da Lei Municipal n. 11.597/2023;
    • crianças pertencentes a famílias de baixa renda, desde que os responsáveis estejam empregados e/ou exercendo atividade remunerada;

    Ainda conforme o projeto de lei, a mesma classificação das prioridades deverá ser colocada em prática em pedidos de transferência de alunos de unidades de ensino. Ao Maringá Post, o vereador afirmou que o projeto surgiu por conta de questionamentos recebidos de pais sobre o uso das vagas no sistema integral.

    “Algumas pessoas vieram me questionar sobre a falta de vagas no ensino integral e que trabalhava o dia inteiro e que isso fazia muita diferença na organização ali da família. Então enquanto os pais estavam trabalhando, só tem o ensino de manhã, acabava prejudicando muito. E aí também havia o questionamento de que muitas vezes essas vagas de ensino integral, pelo que esses pais observavam, eram ocupadas por pessoas que claramente têm uma situação financeira confortável e que eles não poderiam se organizar sem ocupar essa vaga. Pensei nesse projeto mais ou menos nesse sentido, de que o Estado priorize principalmente quem precisa do Estado. Essa é uma uma crença política que eu tenho, é que nós como cidadãos devemos esperar cada vez menos do Estado, exigir menos do Estado e tocarmos nossa vida de forma cada vez mais independente. E o Estado deve focar sempre naqueles que ainda precisam do seu serviço”, disse Malvezzi.

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