Justiça Eleitoral marca audiência de ex-prefeito da região que chamou Lula de “ladrão”

Declaração teria ocorrido durante um evento da campanha eleitoral de 2022. Ação, movida pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), acusa o ex-prefeito de Paranavaí, Delegado K.I.Q, de difamação. Senador Sergio Moro (União) se ofereceu para ser testemunha de defesa.

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    A Justiça Eleitoral marcou para o próximo dia 8 de julho a audiência de um processo movido contra o ex-prefeito de Paranavaí, Carlos Henrique Rossato Gomes, o “Delegado K.I.Q”, que é acusado de difamação por ter chamado o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de “ladrão. A ação é movida pelo Ministério Público Eleitoral (MPE).

    A audiência será realizada no Fórum Eleitoral de Paranavaí e terá como testemunha de defesa o atual senador pelo Paraná, Sergio Moro (União). K.I.Q, que chefiou o Executivo de Paranavaí entre 2017 e 2024, é atualmente assessor parlamentar de Moro, que se ofereceu para testemunhar no caso.

    A declaração do então prefeito teria ocorrido durante um evento na campanha eleitoral de 2022, onde K.I.Q apoiou Moro ao Senado. Em um material veiculado nas redes sociais, Sergio Moro classificou o processo como “abusivo”.

    “A liberdade de expressão está em perigo no Brasil. Em todo o país, pessoas que tem chamado Lula de ladrão têm sido processadas por calúnia e difamação. Essa ação contra o delegado KIQ é um absurdo. O Lula foi condenado em primeira, segunda e terceira instâncias por vários magistrados, em razão do roubo que foi praticado contra a Petrobras durante os governos do PT. Depois houve a anulação dessas condenações pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas nunca ninguém disse que o Lula era inocente”, defende Moro.

    O delegado, que foi prefeito de Paranavaí por duas vezes, também considera a ação do Ministério Público um equívoco.

    “Durante a campanha eleitoral de 2022 eu apenas reproduzi um fato histórico em relação ao então candidato Luís Inácio Lula da Silva. Infelizmente, hoje respondo a um processo criminal, o que considero um absurdo”, disse o ex-prefeito.

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