Maringá: Vereador afirma que não protocolou projeto sobre apoio psicológico para mães de ‘bebês reborn’

Procurado pelo Maringá Post, o vereador Luiz Neto (Agir) afirmou que a Solicitação de Projeto sobre o tema tratava-se de um ‘rascunho preliminar’ produzido por um assessor, mas que o conteúdo já foi arquivado. Ele destacou que a intenção era criar uma rede de apoio para mães em processo de luto.

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    O vereador Luiz Neto (Agir) esclareceu na tarde desta quinta-feira (22) que não protocolou um projeto de lei que visava oferecer apoio psicológico gratuito para mães de ‘bebês reborn’ no sistema de Saúde de Maringá. O assunto repercutiu durante esta quinta (22) após uma reportagem mostrar uma Solicitação de Projeto – etapa onde o parlamentar pede que o setor de redação da Câmara escreva um esboço de projeto – assinada pelo gabinete do vereador, protocolada na última segunda-feira (19).

    Procurado pela reportagem, Neto afirmou que a Solicitação tratava-de um ‘rascunho preliminar’, produzido por um assessor de seu gabinete, mas que o conteúdo já foi arquivado. Segundo ele, o material “não representa a proposta que está sendo construída pelo mandato com responsabilidade e diálogo”.

    De acordo com Luiz Neto, o objetivo da iniciativa era criar uma rede de apoio para mães em processo de luto na cidade. Uma nova proposta será apresentada pelo parlamentar e está em fase final de redação. Ela foi desenvolvida a partir do diálogo com mães que enfrentaram o luto materno. O foco será no acolhimento, no cuidado psicológico e no apoio psicossocial a mulheres em diferentes contextos de perda gestacional, neonatal ou infantil.

    Por meio de nota enviada a reportagem, o vereador destacou “seu compromisso com o exercício sério e responsável do mandato, com a escuta ativa da comunidade e com a construção de políticas públicas que tratem com respeito e sensibilidade os temas que tocam a vida das pessoas”.

    Atualmente na Câmara, há uma outra proposta em tramitação que trata de bebês reborn. Trata-se de uma iniciativa da vereadora Giselli Bianchini (PP). A parlamentar quer que o município aplique multas, de até R$ 20 mil, para pessoas que forem flagradas tentando furar a fila de estabelecimentos comerciais portando o boneco como se fosse uma criança.

    Na Justificativa, Bianchini argumenta que o objetivo da medida é “coibir uma prática que vem se tornando cada vez mais preocupante: o uso de bonecos hiper-realistas, como os chamados ‘bebês reborn’, em simulações de atendimento médico em unidades de saúde públicas”. Segundo a vereadora, há relatos de “pessoas que levam esses bonecos até as UPAs e UBSs, fingindo se tratar de bebês reais em
    situação de emergência, mobilizando profissionais, ocupando salas de triagem e até gerando alarde entre pacientes”. A própria vereadora fez um vídeo sobre o projeto em suas redes sociais.

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