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Quase 50 dias se passaram desde que Mário Hossokawa (Progressistas) foi afastado, liminarmente, da Presidência da Câmara de Maringá. Nessa segunda-feira (10), o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para referendar a liminar, dada monocraticamente pelo ministro Gilmar Mendes e que determinou o afastamento do parlamentar da função no dia 21 de janeiro. Atualmente, o placar da votação no Supremo está em 4 votos a 0 pela manutenção do afastamento.
O julgamento do mérito da ação no Supremo ainda pode levar até 1 ano para entrar em pauta. Desde o fim de janeiro, quem assumiu a função de presidente da Câmara de Maringá é o vereador Sidnei Telles (Podemos), 1º vice-presidente. No entanto, as mudanças de função não implicaram na realocação dos gabinetes.
Mário segue ocupando o gabinete da presidência do legislativo, situado no primeiro andar da Câmara. O espaço é maior do que os gabinetes dos demais vereadores. Conforme apurado pelo Maringá Post, havia um acordo entre os parlamentares para a não mudança de salas até o julgamento da liminar no STF, que deve se encerrar nesta terça (11).
Como o vereador seguirá afastado do cargo por mais alguns meses, a reportagem questionou Mário Hossokawa sobre o assunto. Ao Maringá Post, ele respondeu que “em nenhum lugar está escrito” que ele precisa deixar o gabinete. O presidente interino da Câmara, Sidnei Telles, botou panos quentes no assunto, afirmando apenas a localização do gabinete “não é relevante”.
“É preciso compreender que nós estamos ainda numa interinidade, a localização do gabinete não me parece algo de grande relevância, é de relevância as decisões e quem tomará as decisões pela casa, e esta certamente eu vou ter que fazê-la. Eu não conversei com o vereador Mário Hossokawa, até porque nós ainda estamos aguardando os outros votos, pode até acontecer, é muito difícil de que algum dos ministros faça uma divergência e convença a que haja mudança de voto, então a gente tem que dar um passo de cada vez e ir tomando as decisões conforme elas vão surgindo”, disse Sidnei Telles.
A Câmara de Maringá diz que ainda aguarda um posicionamento da Procuradoria Jurídica sobre uma possível necessidade de mudança dos gabinetes.
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