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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) dá cumprimento, nesta quinta-feira (1º), a 15 mandados judiciais de busca e apreensão, além de medidas cautelares, no âmbito da Operação Perenidade. O objetivo é apurar possíveis fraudes em licitações ocorridas na Prefeitura de Mandaguaçu (a 20 quilômetros de Maringá).
De acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), os mandados estão sendo cumpridos em Mandaguaçu e também em Maringá, nos endereços dos investigados. As medidas cautelares envolvem ecolhimentos domiciliares, proibições de contato entre os investigados e proibição de contratar com o Poder Público, entre outras. Também foram cumpridas medidas patrimoniais consistentes no bloqueio de 21 imóveis e quatro veículos pertencentes aos investigados.
As investigações, também conforme o MP, apontam para um conjunto de possíveis fraudes licitatórias praticadas contra o município há, pelo menos, 15 anos. Os possíveis crimes teriam envolvimento de um ex-secretário municipal de Mandaguaçu e os valores dos contratos, vencidos pelas empresas investigadas, giram em torno de R$ 15 milhões.
A investigação teve início em janeiro de 2023, quando o Gaeco de Maringá recebeu informações sobre um possível e sofisticado esquema de obras irregulares e fraudes licitatórias em Mandaguaçu. O avanço da apuração identificou empresas e pessoas físicas que seriam beneficiárias do esquema.
A operação investiga possíveis crimes de falsidade ideológica, organização criminosa, fraudes licitatórias e lavagem e ocultação de bens e valores relacionados à Prefeitura Municipal de Mandaguaçu. As ordens judiciais foram expedidas pela Vara Criminal de Mandaguaçu.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Mandaguaçu, que se manifestou sobre o assunto por meio de nota. Leia na íntegra:
A Prefeitura Municipal de Mandaguaçu esclarece que está colaborando com as investigações da Gaeco – Operação Perenidade, na qual foi realizada na manhã desta quinta-feira, 01 de agosto. A investigação é entre os anos de 2013 a 2019 e está relacionada aos contratos de licitações de pavimentação. O prefeito Professor Indio e o vice-prefeito Gilmar Cadamuro não foram citados nessa operação e estão contribuindo para que essa situação seja esclarecida rapidamente.
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