Em Maringá, limite de gastos para campanhas de prefeito cresceu quase R$ 1 milhão em oito anos

Em 2016, última eleição com dados disponibilizados pelo TSE, candidatos ao Executivo puderam gastar R$ 1,6 milhão durante a campanha. Neste ano, postulantes ao cargo de prefeito poderão investir até R$ 2,5 milhões.

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    Em Maringá, os candidatos à Prefeitura na eleição de outubro contarão com um ‘reforço’ do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Trata-se da ampliação do limite legal de gastos durante o período de campanha.

    Neste ano, candidatos ou candidatas a chefiar o Executivo maringaense poderão gastar, legalmente, até R$ 2,5 milhões durante a campanha, o maior valor da história. Ele representa um acréscimo de quase R$ 1 milhão em relação ao limite de gastos registrado em 2016, última eleição com dados ainda disponíveis para consulta pública no Portal de Divulgação de Contas e Candidaturas do TSE.

    Em 2016, os candidatos maringaenses puderam gastar, no máximo, R$ 1,6 milhão com a campanha. Em 2020, o valor subiu para R$ 1,9 milhão. No mesmo período, o limite de gastos do segundo turno e o de contratação de pessoal também foi ampliado.

    Na campanha de 2016, o limite legal de gastos para o segundo turno em Maringá foi de R$ 500 mil, com a permissão de contratação de até 532 colaboradores para a campanha. Em 2020, no segundo turno os candidatos puderam gastar R$ 773 mil e contratar até 550 colaboradores. Neste ano, no segundo turno, será permitido um gasto limite de R$ 1 milhão e a contratação de até 570 colaboradores.

    De acordo com o TSE, o limite de gastos para as campanhas é calculado em cima da quantidade de eleitores aptos em cada cidade, corrigido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do período. Maringá ganhou pouco mais de 20 mil eleitores desde 2016, conforme o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR).

    Quanto os candidatos gastaram no primeiro turno da campanha em 2020?

    Na eleição de 2020, Maringá teve 13 candidatos à Prefeitura, com Ulisses Maia (PSD) reeleito em primeiro turno com 113.010 votos, cerca de 57% do total. Naquele ano, os candidatos tiveram um limite legal de gastos de R$ 1,9 milhão para a campanha no primeiro turno.

    O total de despesas com a campanha de cada candidato na eleição daquele ano segue disponível para consulta pública, no Portal de Divulgação de Contas e Candidaturas do TSE. Vencedor daquele pleito, Ulisses Maia investiu R$ 1,2 milhão na campanha, de acordo com a prestação de contas do próprio candidato. Veja a lista completa:

    CandidatoGasto com a campanha (1º turno)
    Ulisses Maia (PSD)R$ 1,2 milhão
    Akemi Nishimori (PL)R$ 621 mil
    Anníbal Bianchini (PTC)R$ 88,8 mil
    José Luiz Bovo (Podemos)R$ 489 mil
    Carlos Mariucci (PT)R$ 289 mil
    Coronel Audilene (Progressistas)R$ 1,3 milhão
    Doutor Batista (DC)R$ 207 mil
    Eliseu Fortes (Patriota)R$ 89 mil
    Evandro de Freitas (PSDB)R$ 278 mil
    Homero Marchese (Pros)R$ 648 mil
    Professor Edmilson (PSOL)R$ 26 mil
    Rogério Calazans (Avante)R$ 62 mil
    Valdir Pignata (Cidadania)R$ 55 mil
    Fonte: Prestação de contas apresentadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

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