A informação é da colunista Malu Gaspar, do jornal “O Globo”. Decisão sobre perda da vaga, no entanto, deverá ficar para o ano que vem.
Por Redação
Adversários do ex-juiz da operação Lava Jato Sergio Moro (União Brasil) montaram um ‘cronograma’ para acompanhar a evolução do provável processo de cassação contra o atual senador do Paraná. A informação é da colunista Malu Gaspar, do jornal “O Globo”, e foi publicada nesta quinta-feira (13).
Conforme a jornalista, lideranças de outros partidos acompanham, com otimismo, os processos que correm contra Moro no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), com a expectativa de que uma votação sobre o caso ocorra ainda em 2023.
Em junho, o Maringá Post mostrou que o Tribunal paranaense unificou duas ações contra o senador, uma do PT e outra do PL, no mesmo processo.
As duas legendas acusam o ex-juiz da Lava Jato de abuso de poder econômico durante a campanha que o elegeu para o Senado, em 2022. Na argumentação do processo, PT e PL afirmam que Moro, juntamente com os suplentes Luís Felipe Cunha e Ricardo Augusto Guerra, “orquestraram conjunto de ações para usufruir de estrutura e exposição de pré-campanha presidencial para, num segundo momento, migrar para uma disputa de menor visibilidade, menor circunscrição e teto de gastos vinte vezes menor, carregando consigo todas as vantagens e benefícios acumulados indevidamente, ferindo a igualdade de condições entre os concorrentes ao cargo de Senador no Estado do Paraná”.
No entanto, a apuração da colunista do O Globo mostra que uma decisão final sobre o caso só deverá ocorrer no primeiro semestre de 2024. Fontes ligadas ao TRE-PR ressaltam que todo o trâmite, ainda em estágio inicial, deva demorar alguns meses, com levantamento de provas e oitivas de testemunhas. Além disso, uma decisão final sobre a cassação caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), como ocorreu com o também lava jatista Deltan Dallagnol (Podemos).
O partido mais interessado no processo é o Partido dos Trabalhadores (PT). Conforme a reportagem, a legenda planeja lançar um nome caso Moro seja cassado e ocorra uma eleição suplementar. Atualmente, três nomes disputam a indicação: os deputados federais Gleisi Hoffmann e Zeca Dirceu e o deputado estadual Requião Filho.
A demora por um desfecho, porém, atrapalha os planos do partido do presidente Lula, que gostaria que a eleição suplementar ao Senado ocorresse antes da eleição municipal. Acontece que a legenda planejaria usar a corrida ao Senado para fortalecer um nome na disputa pela Prefeitura de Curitiba. A hipótese mais provável no entanto, é que as duas eleições ocorram em paralelo, caso a Justiça decida por condenar o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública.
Foto: Arquivo/Agência Brasil
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