TRE-PR une ações de PT e PL em processo para possível cassação de Sergio Moro

Decisão foi assinada nessa terça-feira (13). Agora, o Tribunal quer ouvir representantes de Podemos e União Brasil, ex e atual partidos do senador.

  • Decisão foi assinada nessa terça-feira (13). Agora, o Tribunal quer ouvir representantes de Podemos e União Brasil, ex e atual partidos do senador. PT e PL pedem que o ex-juiz fique inelegível por oito anos.

    Por Victor Ramalho

    O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) decidiu, nessa terça-feira (13), unir no mesmo processo duas ações que pedem a cassação do mandato do senador maringaense Sergio Moro (União Brasil). A informação foi dada em primeira mão pelo Jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, e confirmada pela reportagem do Maringá Post.

    As ações foram ingressadas pelos diretórios do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Partido Liberal (PL) no Paraná. A decisão de unir os pedidos foi assinada pelo relator do caso no TRE, desembargador Mario Helton Jorge. No processo, os dois partidos pedem que Moro, caso condenado, fique inelegível por até oito anos.

    As duas legendas acusam o ex-juiz da Lava Jato de abuso de poder econômico durante a campanha que o elegeu para o Senado, em 2022. Na argumentação do processo, PT e PL afirmam que Moro, juntamente com os suplentes Luís Felipe Cunha e Ricardo Augusto Guerra, “orquestraram conjunto de ações para usufruir de estrutura e exposição de pré-campanha presidencial para, num segundo momento, migrar para uma disputa de menor visibilidade, menor circunscrição e teto de gastos vinte vezes menor, carregando consigo todas as vantagens e benefícios acumulados indevidamente, ferindo a igualdade de condições entre os concorrentes ao cargo de Senador no Estado do Paraná”.

    Moro filiou-se ao Podemos em novembro de 2021 e ficou na legenda até março de 2022, na condição de pré-candidato à Presidência da República. Após a candidatura não decolar, deixou o partido rumo ao União Brasil, onde em um primeiro momento tentou ser candidato ao Senado por São Paulo. Com problemas na transferência do domicílio eleitoral, se candidatou ao mesmo cargo, mas pelo Paraná.

    Os partidos também acusam o maringaense de gastos indevidos no período de pré-campanha. No processo, é citado o gasto de R$ 200 mil no evento de filiação do ex-Ministro da Justiça ao Podemos, em 11 de novembro de 2021. Conforme o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, a Corte quer ouvir representantes do Podemos e do União Brasil, antigo e atual partido do senador, no processo.

    A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa de Sergio Moro para comentar o assunto. Por meio de nota, o senador afirmou que “a decisão do TRE/PR reforça a insuficiência de provas” e que “nem PT ou PL (agora juntos na ação) conseguiram encontrar nada” contra ele.

    Foto: Arquivo/Senado Federal

    Comentários estão fechados.