Depois de três horas de reunião nesta sexta-feira (27/7), o maior pregão da atual administração, para ampliação do Aeroporto Regional de Maringá Silvio Name Júnior, foi suspenso. O valor máximo previsto é R$ 105,6 milhões, mas os lances haviam chegado a R$ 82,977 milhões quando os participantes se desentenderam.
O presidente da Comissão de Licitação, Eduardo de Paula, decidiu então suspender a reunião para a Comissão analisar os documentos que estavam sendo questionados pelas empresas. No processo, já ocorreram dois pedidos de impugnação administrativa do certame, ambos indeferidos. A sessão será retomada às 9 horas do dia 1 de agosto.
Participam do pregão os consórcios Compasa do Brasil/Engemin, J2E, STMZ, Tucumann/Weilleir/Aero, Aero-Maringá e Sial/Paviservice/Parallela. O primeiro lance foi do J2E, de R$ 105 milhões. Na sequência, a Aero-Maringá baixou para R$ 104,5 mi e o STMZ para R$ 103,4 mi. E assim foi até os R$ 82,977 mi da Compasa do Brasil/Engemin.
Até então, a maior licitação realizada pela administração Ulisses Maia foi para a estrutura e cobertura metálicas do Terminal Intermodal, vencida pelo consórcio formado pela Salver Construtora e Incorporadora, Februce Construções em Aço e Sial, que arrematou as obras por R$ 22,2 milhões, realizada em dezembro de 2017.
A fabricação do Hospital da Criança, orçada em R$ 158,6 milhões, está sendo executada por meio de convênio e não foi realizada concorrência. Também com inexibilidade de licitação, em 2017 foram feitos credenciamentos de empresas especializadas em serviços de saúde somando R$ 51,7 milhões, para serem prestados durante o exercício de 2018.
Obras previstas na ampliação do aeroporto
O consórcio que vencer a licitação do aeroporto, em 18 meses terá que elaborar os projetos básico e executivo e executar todas obras previstas, entre as quais a demolição e reconstrução das áreas de pavimento rígido das cabeceiras, reforma de toda a extensão, ampliação no sentido da cabeceira 10 e alargamento dos acostamentos.
Também prevê reforma e alargamento das pistas de táxi A e B e implantação de mais duas, a D e E, que se ligarão à cabeceira 10. E, ainda, a demolição e reconstrução do pátio 1, usado para aviação comercial, reforma do pátio 2, usado para aviação de carga, e ampliação nas duas laterais, tornando-se um único pátio com 12 posições.
As obras constantes no edital, de 131 páginas, incluem a reforma e ampliação da seção contra incêndio, que passará de 150 m² para 300 m², a demolição e reconstrução das vias de acesso, implantação de novo sistema de drenagem e instalação de proteção nas áreas de faixa preparada, faixa de pista e áreas de movimentação de aeronaves.
Consta ainda a demolição de trecho na área de intervenção da pista de táxi, implantação de nova cerca nesse trecho e de novo sistema com iluminação LED em todo o aeroporto, assim como novo sistema de sinalização vertical luminosa, entre outras. Os recursos são do Programa de Aviação Regional do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil.
A autorização para a prefeitura realizar a licitação foi dada pela Secretaria Nacional de Aviação Civil em maio. Para o superintendente do aeroporto, Fernando Rezende, o fato das aeronaves poderem taxiar até o terminal, “trará mais conforto aos passageiros” e a ampliação das pistas, de 2,1 mil metros para 2,38 mil metros, pode atrair novos voos.
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