Homero Marchese entra na Justiça para ter desfiliação do PV. Diretório municipal do partido ingressou com pedido de CP na Câmara

  • O vereador Homero Marchese (PV) anunciou neste domingo (14/1), nas rede sociais, que ingressou com ação na Justiça Eleitoral para pedir a desfiliação, por justa causa, do Partido Verde (PV). Marchese está filiado à sigla há quatro anos, mas em 2017 passou a enfrentar uma Comissão Processante (CP) na Câmara Municipal de Maringá a pedido do diretório municipal do PV.

    No Facebook, Marchese escreveu sobre o trabalho no partido e os resultados das últimas eleições. Em 2016, o PV elegeu em Maringá dois vereadores – Homero Marchese e Jean Marques – além do vice-prefeito, Edson Scabora.

    Entre as argumentações do vereador sobre o pedido de desfiliação, ele citou mudanças trazidas pela vitória nas urnas. “Mas o poder e o deslumbramento corrompem, e me vi atacado por pessoas que deveriam ser mais agradecidas, pessoas que devem seu cargos, eletivos ou comissionados, ao trabalho feito no passado”, escreveu o vereador.

    Ao diretório estadual, Marchese disse esperar que a ação não seja contestada. O vereador, caso pretenda disputar as eleições de 2018, o que ainda não admite, precisa estar filiado a um novo partido até o começo de abril.

    “Tenho respeito pela Diretoria Estadual do partido e espero que a ação não seja contestada”, disse.

    Justa causa tem relação direta com CP

    O pedido de abertura de uma comissão processante contra o vereador Homero Marchese (PV) pelo diretório municipal da sigla é o principal argumento do vereador para conseguir na justiça o direito de se desfiliar do partido por justa causa.

    Atualmente, a comissão processante aberta pela Câmara Municipal se encontra suspensa por decisão do Tribunal de Justiça do Paraná. Marchese conseguiu paralisar a investigação em meados de novembro.

    Sobre este pedido do partido, Marchese ironizou na postagem feita no Facebook.

    “Quanto à diretoria municipal, em boa parte gozando de cargos na administração e que queria me tirar do cargo e me tornar inelegível por 11 anos, mas que mostra aparentemente não ter competência nem sequer para me expulsar (o que não seria mau negócio para minha pretensão), fica a certeza de que o tempo é o senhor da razão”.

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