O delegado da Seção de Furtos e Roubos, Luiz Alves, ouviu na tarde desta quarta-feira (22/11) o principal suspeito do roubo do Iphone do jornalista e blogueiro Angelo Rigon. O celular foi roubado no dia 5 de outubro durante confusão na Câmara Municipal, momentos após o plenário da Casa aprovar a abertura da Comissão Processante (CP) que investiga a suposta quebra de decoro parlamentar do vereador Homero Marchese (PV).
Em depoimento, segundo informações do delegado, o suspeito Luiz Henrique Rodrigues negou a autoria do crime. “Ele disse que não pegou e negou envolvimento. Ele afirmou que abaixou para pegar o próprio celular dele que tinha caído no chão e queria sair da confusão”, afirmou Alves.
A versão foi aceita com restrições. “As imagens mostram outra coisa”, ponderou o delegado. Ele explicou que ainda há mais diligências para serem feitas. “A princípio todos envolvidos foram ouvidos, mas pretendo intimar mais uma pessoa que teria agredido o jornalista antes do celular cair”, disse.
Questionado sobre a possibilidade de fazer o rastreamento para localizar o aparelho, o delegado afirmou que “os procedimentos técnicos não são tão simples, mas estamos tentando efetuar este monitoramento.”
Alves também explicou que, apesar do jornalista ainda não ter registrado o boletim de ocorrência sobre a subtração de dados e postagem por um hacker no blog hospedado no Maringá Post, o advogado de Rigon fez a comunicação do crime.
“É um crime de ação pública, que vou verificar de ofício no próprio inquérito. A hipótese que investigamos é que os dados foram extraídos do celular dele (Rigon). É uma situação a ser levantada no inquérito”, afirmou o delegado.
Câmara protocola recurso no Tribunal de Justiça
A Câmara Municipal protocolou no Tribunal de Justiça do Estado do Paraná o recurso à decisão do juiz substituto de 2º grau, Rogério Ribas, que determinou a suspensão do processo de cassação do vereador Homero Marchese (PV).
“Foram protocoladas as contrarrazões. Vamos esperar para ver o que será decidido. A procuradoria jurídica da Casa trabalhou no sentido de orientar à Comissão quanto aos procedimentos. Foi tudo feito de forma normal, regular e dentro do regimento”, considerou o presidente da Câmara, Mário Hossokawa (PP).
Hossokawa reforçou que o Legislativo recorreu da decisão porque entendeu que as ações procedimentais foram tomadas de forma correta. “Defendemos que não houve nenhum erro por parte da comissão”, disse.
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