Chegada de Papai Noel em Maringá é adiada: licitação para decoração da sua casa ainda depende do Ministério Público

  • Se existisse, Noel, o papai, estaria com as barbas de molho: sua casa, em Maringá, será ou não decorada? E ele contará ou não com uma dúzia de ajudantes devidamente trajados durante as festividades municipais de Natal, chamada Maringá Encantada?

    A chegada do velhinho do polo norte na cidade já foi adiada e as respostas a essas perguntas, relativas ao lote 11 da licitação 184 da prefeitura, serão dadas na sexta-feira (17/11) pelo promotor Leonardo Vilhena, da Defesa do Patrimônio Público. O lote foi vencido pela Bandeira Eventos, de Olímpia (SP) por R$ 163.999,96.

    Conforme Maringá Post havia adiantado, a prefeitura formalizou sua desistência em relação aos outros quatro lotes das licitações 184 e 185, questionados pelo Observatório Social e Ministério Público. A procuradoria-geral do município apresentou novos argumentos ao promotor Vilhena e apresentou mais um orçamento sobre a decoração da Casa do Papai Noel.

    Um desses lotes cancelados, o mais valioso deles, previa a montagem de cinco portais de festão na Avenida Getúlio Vargas, pela W’Dme – Materiais Elétricos, por R$ 519 mil. A ideia era fazer de duas quadras da avenida um grande calçadão, aos moldes do que a Prefeitura de Curitiba costuma fazer na XV de Novembro.

    Os problemas nas licitações da Maringá Encantada, festa projetada para ser “a maior e mais bonita de todos os tempos, igual a de Gramado (RS)”, já provocaram uma mudança na agenda oficial. A festa de chegada do Papai Noel foi adiada em uma semana, do dia 25 deste mês para o primeiro sábado de dezembro (2).

    Os questionamentos do Observatório e do Ministério Público são quanto a falta de três orçamentos para cada um dos 32 lotes das duas licitações. Em alguns lotes foi apresentado apenas um orçamento, como no caso do lote 11 da 184, sobre a Casa do Papai Noel.

    O procurador-geral da prefeitura, Vitor Borghi, formalizou, junto ao promotor, a desistência em relação a quatro lotes e apresentou as justificativas da prefeitura para manter o contrato com a empresa do interior de São Paulo.

    Disse que é difícil conseguir orçamentos nesse nicho de mercado – montagem da Casa do Papai Noel – que é restrito e envolve conceitos artísticos. Ressaltou que as licitações não causaram prejuízos ao poder público e que não houve dolo.

    O promotor também não apontou nenhuma outra irregularidade nos processos licitatórios 184 e 185, que somaram R$ 3 milhões, além da falta de três orçamentos em todos os lotes. Os cinco lotes questionados por Vilhena foram vencidos por lances que somam R$ 783 mil.

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