De acordo com uma análise preliminar da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) e que Patmos Seguro teve acesso, a gravidade e o impacto dos recentes eventos climáticos no Rio Grande do Sul, embora ainda não seja possível determinar a extensão completa dos prejuízos, já se pode afirmar que este é o maior sinistro ambiental da história do Brasil, com implicações significativas para o setor de seguros.
Essa análise aponta que, só na última semana, as seguradoras receberam mais de R$ 1,7 bilhão em reclamações devido aos eventos climáticos que devastaram o Estado, mas o órgão reportou que esses dados já aumentaram e ainda está longe de representar o total das indenizações que serão pagas pelos danos sofridos no estado.
O presidente da CNseg, Dyogo Nogueria, explica que mesmo antes de se começar a avaliar integralmente os prejuízos, as reclamações já se aproximam de US$ 400 milhões. “Quando os danos forem totalmente contabilizados, certamente estaremos falando de cifras muito maiores, provavelmente ultrapassando a casa do bilhão de dólares”, conclui.
Segundo as informações, as estimativas sugerem que os prejuízos totais podem ultrapassar R$ 200 bilhões, ou US$ 40 bilhões, um valor significativamente maior do que as indenizações das seguradoras. “Muitos imóveis atingidos, apesar de segurados, não possuem cobertura para danos causados por água e desmoronamento, os principais responsáveis pelos estragos ao patrimônio imobiliário”, contextualiza.
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Seguros mais acionados nas tempestades
Seguro de automóveis
A cobertura compreensiva, a mais comum para automóveis, inclui danos causados por água, a maioria das indenizações será para perdas totais, pagas conforme os valores máximos das apólices.
Seguro habitacional
Esse seguro cobre imóveis residenciais financiados e que incluem uma cobertura compreensiva para o prédio. Ou seja, mesmo que os conteúdos internos não sejam indenizados, as construções que colapsaram ou sofreram danos serão compensadas pelas seguradoras.
Seguro patrimonial
Para grandes riscos, essas apólices são adaptadas às necessidades específicas dos segurados, incluindo cobertura para lucros cessantes.
Seguro rural
Segundo ele, embora grande parte da safra já tenha sido colhida, os danos às lavouras serão significativos, impactando as indenizações do seguro rural.
Seguros residenciais e empresariais
Nesse produto, as pequenas e médias empresas enfrentam as maiores complicações, pois a maioria não possui cobertura para enchentes e desmoronamentos, mesmo com a garantia básica. Contudo, as seguradoras ainda deverão pagar uma quantia considerável.
Impacto financeiro nas seguradoras
O percentual expressivo dos prejuízos no Rio Grande do Sul coberto pelas seguradoras, terá um forte impacto, resultando em um alto custo para essas empresas. Certamente será um valor alto para as seguradoras, ainda mais se pensarmos que estamos falando de perdas de R$ 200 bilhões, e o Brasil é um país com baixa contratação de seguros.
Em resumo, o artigo adverte que a calamidade no Rio Grande do Sul representa um dos maiores sinistros ambientais do Brasil e exigirá uma resposta robusta das seguradoras para cobrir os danos imensos causados às propriedades e lavouras.
*Com informações da CQCS
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