Empresa digital de maringaense, a i7 Group, mais uma vez deixa de cumprir o que prometeu aos investidores

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Mais uma vez, o prazo fixado pela empresa de marketing multinível digital i7 Group para iniciar o pagamento de seus milhares de investidores de várias regiões do Brasil e do exterior expirou e, até a tarde desta quarta-feira (17/1), não há informações de que alguém tenha começado a ser ressarcido.

O último comunicado público da empresa dirigida pelo maringaense André Luiz Pucca Bernardi, por meio de um novo site da i7 Group, informou no dia 27 de novembro de 2017 que os pagamentos para quem aderisse ao plano extrajudicial seriam realizados em 24 parcelas mensais, sendo a primeira no dia 20 de dezembro do ano passado.

Os contatos, segundo o comunicado, seriam feitos por e-mail, no qual constaria os termos para a formalização do acordo extrajudicial e a lista dos documentos pessoais que os investidores teriam que enviar para os advogados contratos pela i7 Group.

Alguns investidores receberam o e-mail, aderiram ao acordo e encaminharam os documentos solicitados, mas ainda não receberam a primeira parcela do ressarcimento. Outros sequer receberam a correspondência eletrônica prometida.

O líder de um grupo de investidores da região de Maringá, que prefere não ser identificado, disse nesta quarta-feira que recebeu o e-mail ontem (16/1), “com o nome do credor errado”. E acrescentou: “Estou tentando contato com os advogados a mais de um mês, mas não respondem aos WhatsApp e nem aos e-mails”.

Segundo o mesmo investidor, que lidera um grupo de 15 pessoas da região, o seu irmão “recebeu os documentos e neste novo acordo diz que vão pagar a partir do quinto dia útil do recebimento do mesmo. Mas meu irmão já enviou o dele há 20 dias e nada”. A renovação de promessas com novos prazos vem sendo feita há meses.

Promessa de lucros estratosféricos rende prejuízo

O ressarcimento, segundo a proposta de acordo, só será feita para quem não tiver recebido dividendos superiores ao valor originalmente investido. Ou seja, quem esperava ter lucros com a aplicação na empresa do CEO André Pucca, no máximo conseguirá reduzir os prejuízos.

Estima-se que a i7 Group atraiu, apenas no Brasil, cerca de 50 mil investidores.  prometendo lucros estratosféricos em curtíssimo espaço de tempo. Um exemplo: uma cota President, de R$ 6.761,70, paga à vista, em 52 semanas daria um lucro de R$ 24.618,00. Ou seja, quem aplicasse R$ 6,76 mil, ganharia R$ 511 por semana.

O negócio de Pucca e dos sócios Douglas Abreu e Alexandre Farias, que muitos consideram uma pirâmide financeira, começou a desmoronar a partir das denúncias de um megainvestidor da i7 Group de Florianópolis, Juliano Costa, dono de restaurantes conhecidos na ilha catarinense.

Costa chegou a ter US$ 20 milhões na conta da i7 Group, se tornou garoto propaganda da empresa e, como outros milhares de investidores, está a ver navios. As investigações sobre a i7 Group correm em segredo de Justiça no Ministério Público Federal da 4ª Região, em Vitória (ES).


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