O respeito entre as gerações

Por: - 13 de fevereiro de 2022

 

Como incentivar o respeito na equipe mesmo com profissionais de gerações e vivências tão diferentes?

No último ano houve uma super movimentação das redes sociais em que a Geração Z, nascidos após 1995 até 2010, listaram as coisas que achavam “cringe”, vergonhoso, na geração dos millennials, nascidos entre 1979 e 1994. Várias ações foram apontadas, desde tomar café da manhã até falar sobre gatos e boletos. Você se lembra dessa “guerra” de gerações? 

Estamos vivendo um momento inovador no mercado de trabalho: várias gerações atuando no mesmo time, cada uma com as suas características e especificidades. É claro que os indivíduos são diferentes entre si, mas a infância e o contato com os pais é algo que nos molda enquanto adultos e profissionais, e em uma geração é muito comum perceber atitudes e ações semelhantes para aquele grupo de pessoas.

As gerações são divididas em: 

  • Baby boomers – nascidos de 1940 a 1965 – nasceram logo após a Segunda Guerra Mundial e tendem a ser mais rígidos, tradicionais e conservadores; 
  • Geração X – nascidos de 1966 a 1978 – vivenciou o movimento hippie, a televisão à cores, o auge do cinema, entre outros fatos marcantes, buscam a individualidade, mas sem esquecer do coletivo, buscam por seus direitos e liberdade; 
  • Geração Y ou Millennials – nascidos de 1979 a 1994 – computador, impressora internet, nasceram em um mundo globalizado, tiveram acesso a um novo nível de informação por conta dos avanços tecnológicos, afastaram-se dos trabalhos braçais;
  • Geração Z – nascidos de 1995 a 2010 – era 100% digital, redes sociais e mensagens instantâneas, geração mais aberta ao apoio às pluralidades, tendem a possuir responsabilidade social, ansiedade extrema, desapego de fronteiras geográficas e necessidade de expor opiniões;
  • Geração Alpha – a partir de 2011 – internet das coisas e inteligência artificial, crianças inseridas em um cotidiano rodeado pela tecnologia, ainda não estão inseridas no mercado de trabalho, porém tendem a ser mais independentes, além de desenvolver a habilidade de adaptação e inovação como nunca visto.

O respeito no ambiente de trabalho, qual a sua importância? 

Quando o assunto é geração no mercado de trabalho, a geração z é conhecida como “existo logo mereço”, e com perfis tão diferentes é preciso que o líder ou gestor da equipe tenha flexibilidade e empatia para proporcionar um ambiente de trabalho agradável e que respeite as opiniões de toda a equipe. 

Primeiramente devemos sempre ter em mente que respeito é o ato de não fazer aos outros o que jamais gostaríamos que fizessem com a gente. É dar espaço para que os outros expressem suas opiniões, sem discriminações ou punições. É não maltratar ou humilhar alguém simplesmente porque nos consideramos certos ou melhores. 

Tudo começa pelo respeito; respeitar todos os colaboradores, independente da geração, é um ponto essencial para gerar aprendizados a partir dessa diversidade de experiências, além de uma equipe unida e focada nos resultados. Outra ação que os líderes e gestores devem ter é conhecer as gerações e os perfis dos profissionais para auxiliar na gestão da equipe. 

Imagine a seguinte situação: você cresceu em uma família humilde, que te ensinou a ser paciente, resiliente e grato por suas conquistas, e precisou trabalhar muito para chegar no cargo de líder, quando você se formou na faculdade a internet estava começando a ganhar espaço no país, você teve mais contato com os livros para adquirir conhecimento e “apanhou” um pouco das novas tecnologias para se adaptar. 

Por outro lado, um jovem que acabou de ingressar no mercado de trabalho e foi contratado para a sua equipe, cresceu com toda a facilidade para acessar informações, desde muito cedo teve contato com a internet e com as diversas plataformas e redes sociais, ele é da primeira geração que cresceu com o Youtube, Facebook, Instagram. 

Provavelmente, o jovem prefere entretenimento online e se distrai rapidamente, teve pouco contato com os pais durante a infância porque eles precisavam trabalhar, além de ter sido protegido de responsabilidades e compromissos. Foi a primeira geração que não precisou iniciar no mercado de trabalho cedo para ajudar em casa e tem mais conforto até o período da faculdade. 

Você percebe como as vivências não determinam o profissional, mas mesmo assim influenciam no seu comportamento? Esse jovem do exemplo pode ter dificuldade para se concentrar porque teve muitos estímulos desde a infância, ele pode não ter certeza sobre a carreira profissional que deseja seguir; ele tem um perfil completamente diferente do seu, mas tenho certeza que ele tem muita vontade de aprender. 

Muitos gestores tradicionais tendem a ver mais os pontos negativos do que os positivos da nova geração. Eu acredito que devemos treinar os gestores e líderes para lidar com diferentes perfis em sua equipe e levar cada integrante a uma alta performance, sempre com muito respeito, é claro.

Se você deseja se tornar um líder assim, é importante estar atento aos seguintes pontos: 

  • Perfis Comportamentais – Diferentes teorias.
  • Comunicação assertiva no ambiente de trabalho.

Com essas três áreas bem estruturadas você conseguirá ter uma visão mais ampla e trabalhar melhor com os conflitos na equipe, o gerenciamento correto e o respeito nesses casos de conflitos de geração traz inúmeros benefícios para a organização. 

Ser líder é cultivar pessoas, para que elas tenham a compreensão e motivação que necessitam para ir além! Para isso, é imprescindível saber como liderar diferentes perfis e gerações e contribuir verdadeiramente com a área profissional dos seus colaboradores.

 

 

 

- Quer receber as notícias no seu WhatsApp? Clique aqui.

Tem uma dica de notícia? Fez alguma foto legal? Registrou um flagrante em vídeo? Compartilhe com o Maringá Post, fale direto com o whats do nosso editor-chefe.