Semana passada dei início ao Guia de Bairros, uma série de posts que vai contar um pouco da história de alguns bairros de Maringá. No último post, falei sobre o Vila Operária, Jardim Alvorada e Mandacaru. Neste quero falar de mais três bairros: Zona 7, Zona 4 e Zona 5.
Acompanhe a sequência dos posts e participe, deixando nos comentários sua lembrança ou fatos curiosos.
Zona 7
A Zona 7 é um dos maiores bairros de Maringá e, assim como vários outros da cidade, teve boa parte de suas ruas nomeadas em homenagem à Proclamação da República. É lá que estão também diversos empreendimentos de grande importância para a cidade.
Estádio Regional Willie Davids – foi fundado em 1953, pela primeira diretoria do Melhoramentos Futebol Clube, mas sua inauguração foi apenas em 12 de maio de 1957, com o jogo Melhoramentos x Londrina, que deu empate. Em 1973 teve início a construção das instalações atuais, inauguradas em 1976, junto com o Ginásio de Esportes Chico Netto. No ano seguinte, o complexo esportivo passou a ser chamado de Jaime Canet Júnior. Além de importantes jogos, no local já foram realizados diversos shows e apresentações.
UEM – o local onde está localizada a Universidade Estadual de Maringá era um enorme cafezal. Até que foram criadas as Faculdades Estaduais de Ciências Econômicas (1959), de Direito (1967) e de Filosofia, Ciências e Letras (1967), que serviram de base para a criação da UEM em 1969.
Feira do Produtor de Maringá – fundada em 13 de março de 1982 foi a primeira do Estado e a primeira a realizar uma feira noturna, a partir de 1992.
Avenida Colombo – Apesar de passar exclusivamente pela Zona 7, merece destaque. A avenida não fazia parte do projeto original, concebido pela Companhia de Terras Norte do Paraná (CTNP) e teve suas obras iniciadas em 1950. Ela faz parte de um trecho da antiga Estrada Oficial, que foi aberta pelo Governo do Estado para ter acesso, em ações fiscalizatórias, ao empreendimento da CTNP.
Curiosidade
- O Estádio Willie Davids é uma homenagem a Willie da Fonseca Brabazon Davids, personalidade política muito importante em LONDRINA, e funcionário da CTNP, que colonizou Maringá. O curioso é que o estádio de Maringá homenageia uma personalidade de outra cidade que na época já era rival no esporte.
Zona 4
A Zona 4 foi desenhada para ser um bairro residencial, nos primórdios da cidade, mas de lá para cá, cresceu, se desenvolveu e abriga diversos pontos importantes da cidade.
Country Clube – fundado em 1º de janeiro de 1958, inaugurou sua sede em 22 de fevereiro de 1960, compreendendo a piscina externa e o vestiário.
Bosque 2 e Av. Perimetral – Para ligar a Zona 4 à Zona 2, foi preciso abrir um caminho no meio do Bosque 2 com uma ponte para pedestres, carros e ciclistas passarem sobre o Rio Cleópatra. Chamada de avenida Américo Vespúcio, a via foi urbanizada em 1963. Em 1976, foi substituída por outra via, a Perimetral Sul, que também corta o bosque.
Quadra 23 – Localizada entre as avenidas Rio Branco, Curitiba, praça Manoel Ribas e Rua Luiz Gama, nessa área funcionou de 1951 até 1956 o Hospital Dr. Sant´Anna. No ano seguinte, Dom Jaime, primeiro bispo da Diocese de Maringá, adquiriu o terreno para construção da Casa Nossa Senhora da Glória, que abrigou pensionato, jardim de infância, colégio primário para meninas, além de diversas obras sociais. Em 1981, a Congregação deu início ao processo de vendas dos terrenos da Quadra 23, onde ao longo dos anos funcionaram famosos empreendimentos, como os bares Car Wash e Nite Club e o restaurante Don Peponi.
Curiosidades
- Um fato interessante é que o bairro foi o primeiro a abrigar a estrutura de saneamento básico da cidade, a Rede de Abastecimento Isolado Marin, entre 1961 e 1962.
- O nome oficial do Bosque 2 é Bosque Tupinambá.
- A criação da Perimetral foi permeada de controvérsias. Opositores políticos do então prefeito Silvio Barros alegavam que ele havia proposto um desenho de “S” propositalmente. Os sócios do Country Clube, por sua vez, reclamavam dizendo que a entrada do clube havia sido negligenciada, passando a ficar de costas para a nova via.
Zona 5
A Zona 5 abriga o chamado “Maringá Velho”, onde nossa cidade nasceu. Foi lá que em novembro de 1942 ocorreu o lançamento da pedra fundamental da futura cidade, que até então era patrimônio de Londrina, e o lançamento do primeiro hotel, que ficava ao lado da estação rodoviária. No bairro também foi construído o primeiro prédio da cidade e instalada a primeira bomba de gasolina. Confira mais alguns atrativos da Zona 5.
Capela Santa Cruz – A segunda capela da cidade, construída entre 1945-46
Bosque das Grevíleas – A Zona 5 foi a última área loteada pela Companhia Norte Melhoramentos e, enquanto não vendia os lotes, resolveu plantar grevíleas robustas, vindas da Austrália. Com o tempo, a população local se “apropriou do local”, como um bosque urbano e não aceitou “devolver” para a companhia o local na década de 1970. A prefeitura então interveio e conseguiu vencer a disputa.
Praça Pio XII – Popularmente chamada de praça das antenas, é o ponto mais alto da cidade, onde estão localizadas as antenas de comunicação das emissoras de rádio e televisão e a grande caixa d’água da Sanepar (na época Codemar), instalada em 1976.
Teatro Calil Haddad – Inaugurado em 1996, é o maior teatro do norte do Paraná. A obra leva o nome do pioneiro teatrólogo maringaense Calil Haddad.
Curiosidades
- Na década de 40, o local onde hoje está localizado o SESI era um campo de futebol, ocupado pelo primeiro time amador de Maringá (SERM – Sociedade Esportiva e Recreativa de Maringá).
- O nome oficial do Bosque das Grevíleas é Bosque Anníbal Bianchini da Rocha.
E aí, o que está achando do Guia de Bairros de Maringá? Deixe seu comentário!
Fontes: Gazeta do Paraná, Maringá Histórica e Museu Esportivo de Maringá
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