Maringá: terreno fértil para investir

“Aqui, quem planta, colhe. Em outras palavras, quem investe em terreno, tende a obter lucratividade interessante em um curto espaço de tempo. A alta dos preços dos terrenos, porém, resultou em um efeito colateral: a matéria-prima (terra) acabou ficando mais cara em contrapartida ao beneficiamento, que seria a infraestrutura que fica a cargo do investidor de um loteamento.”

 

Maringá atrai diariamente pessoas do Brasil todo, e até do mundo. Com a propagandeada qualidade de vida dos maringaenses, que já virou marca registrada, assistimos a um crescimento populacional médio na ordem de 1,6% ao ano, desde 2015, superior à taxa de crescimento mundial, que é de 1,2% ao ano. Só em 2020, ano cruel de pandemia, estima-se que a nossa cidade tenha recebido quase 7 mil novos habitantes que fixaram residência por aqui. Os dados são do IBGE.

Curiosamente, não temos visto o setor de loteamentos acompanhar esse considerável crescimento populacional em Maringá, que hoje conta com mais de 430 mil habitantes, sendo a terceira maior cidade do Estado do Paraná. Seria apenas o novo coronavírus o grande vilão e responsável por presenciarmos lançamentos de novos loteamentos ou realmente não há mais espaço territorial em nosso município para empreendimentos desta desenvoltura? Nem um motivo e nem outro. Explico adiante.

Todos sabem que Maringá é um terreno fértil para investir. Aqui, quem planta, colhe. Em outras palavras, quem investe em terreno, tende a obter lucratividade interessante em um curto espaço de tempo. A alta dos preços dos terrenos, porém, resultou em um efeito colateral: a matéria-prima (terra) acabou ficando mais cara em contrapartida ao beneficiamento, que seria a infraestrutura que fica a cargo do investidor de um loteamento.

De olhos bem abertos e voltados para a economia brasileira, os investidores, portanto, resolveram segurar o lançamento de loteamentos. Em contrapartida, muitos aguardam a hora certa para isso, torcendo, porém, pelo fim da pandemia e também para que o Índice Nacional da Construção Civil (INCC) dê uma aliviada e reduza os custos envolvidos com as obras. 

De uma maneira bem sincera, podemos dizer que está muito caro o valor de um loteamento e que fatalmente esse aumento no preço seria refletido para quem fosse investir no local. E como tem muita gente instável, inseguro ou mesmo desmonetizado por conta da covid-19 e dos estragos dela nos setores produtivos, simplesmente há um temor de que o retorno dos loteadores não acontecesse em um prazo desejado de tempo.  

A nossa reflexão de hoje traz esse panorama maringaense, mas não pense ser isso notícia ruim para o setor de imóveis local. Pelo contrário. As pessoas continuam correndo atrás de sonhos. Portanto, conseguem emprego ou empreender em Maringá, e, junto a isso, naturalmente tendem a investir na casa própria, com ou sem loteamentos sendo lançados neste momento.

Isso tudo gera um movimento interessante para quem investiu lá atrás em terrenos. Com essa alta demanda de pessoas buscando moradias, Maringá assistiu na última década um fenômeno bem interessante: os bairros nascem e são formados de uma maneira muito rápida. E isso é muito bom para quem investiu em terrenos ou mesmo em construções em bairros considerados novos. Afinal, uma casa localizada em uma localidade com vizinhança e até comércio próximo, com certeza é um imóvel mais caro do que aquele localizado em um bairro ainda ermo, pouco seguro e afastado.

Outra característica perceptível no mercado imobiliário em Maringá é o desenvolvimento de regiões consagradas, como bairros localizados próximos a pontos turísticos. Um exemplo é o Parque do Japão, UM PONTO TURÍSTICO PÚBLICO CONSIDERADO NOVO PELO TEMPO QUE FOI IDEALIZADO/CONSTRUÍDO PELA PARCERIA PÚBLICO/PRIVADO, mas que já proporcionou uma grande revolução em toda aquela região habitacional, e isso envolvendo também as opções de imóveis comerciais que têm preenchido toda a extensão da Avenida Nildo Ribeiro da Rocha. 

Outro exemplo de localidade privilegiada em Maringá é ao redor do Parque do Ingá, que assiste uma verdadeira batalha de titãs, com grandes construtoras disputando terrenos para investirem em grandes prédios residenciais e que são direcionados ao público que está no topo e no meio da pirâmide da riqueza. 

Um dado concreto: sabemos que, recentemente, ocorreram negociações, em espaços de terrenos próximos ao Parque do Ingá, com valores entre R$ 20 e R$ 40 milhões dispendidos por grandes construtoras DO PARANÁ E DE SANTA CATARINA, a exemplo da recém-chegada Embraed e das londrinenses Plaenge e A. Yoshii. Sabe o que isso significa para quem tem uma casinha ou mesmo um terreno ali naquela região, ANTIGA VILA OPERÁRIA HOJE entre Zona 03, Vila Bosque ou mesmo Zona 01 e Zona 02? Possibilidade de ganhar muito dinheiro, pois inevitavelmente essa expansão proporciona uma valorização INENARRÁVEL EM FORMATO FINANCEIRO interessante daquele imóvel.

Desta forma, mais uma vez concluo com uma reflexão que comprova que há um valor IMENSURAVEL no setor imobiliário: independentemente dos movimentos de mercado, crises ou mesmo momentos de mais restrição – como é o caso do freio em lançamentos de loteamentos –, ainda assim estamos falando de um setor valoroso e que possibilita a investidores ou consumidores comuns um ganho real e orgânico, sem depender de ondas de sorte, movimento de mercados internacionais ou mesmo de definições políticas em nível nacional, principalmente envolvendo nomes de presidenciáveis. E isso é muito bom!

Por fim, para quem está de olho em novos loteamentos, prepare-se: esse marasmo todo já tem data e hora para acabar. É apenas uma questão de tempo. 

 

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