Sexta-feira Santa: entenda por que muitos cristãos evitam carne vermelha na data

A prática é comum entre católicos e está ligada à penitência e ao simbolismo do sacrifício de Jesus Cristo.

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    Na Sexta-feira Santa, é comum que fiéis, especialmente católicos, deixem de consumir carne vermelha. A tradição está ligada ao luto pela morte de Jesus Cristo e tem como base um gesto de renúncia e respeito.

    Segundo os evangelhos, Jesus foi crucificado em uma sexta-feira, motivo pelo qual a data é marcada por silêncio, oração e jejum. A abstinência de carne se insere nesse contexto como um símbolo de humildade e sacrifício.

    Historicamente, a carne vermelha era considerada um alimento nobre, associado à fartura e celebração. Evitá-la nesse dia representa um contraste intencional, reforçando o espírito de recolhimento.

    A orientação está prevista no Código de Direito Canônico da Igreja Católica, que recomenda jejum e abstinência na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa.

    Com o tempo, os fiéis passaram a substituir a carne vermelha por peixes e frutos do mar, considerados alimentos mais simples. No Brasil, receitas como bacalhoada, moqueca e pratos com tilápia se tornaram tradicionais nesta data.

    A recomendação, no entanto, não é uma imposição. Pessoas com condições especiais, como idosos, gestantes ou doentes, podem ser dispensadas. A prática também não é observada por todas as denominações cristãs, sendo mais comum entre católicos.

    Mais do que uma regra alimentar, o gesto tem significado espiritual. Para os fiéis, trata-se de lembrar o sofrimento de Cristo e refletir sobre valores como compaixão, renúncia e fé.

    A Sexta-feira Santa integra o chamado Tríduo Pascal, que antecede o Domingo de Páscoa. A celebração remonta ao século IV e marca um dos momentos mais importantes do calendário cristão.

    Em várias regiões do Brasil, a data é celebrada com missas, procissões e encenações da Paixão de Cristo. O objetivo é relembrar os últimos momentos de Jesus e renovar a espiritualidade.

    Embora seja um feriado, para muitos a Sexta-feira Santa representa um convite à reflexão e ao recolhimento interior.

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