Apontado pela polícia de Sarandi como principal suspeito de invadir a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Metropolitano na tarde do último domingo, 15, e executar a tiros o traficante Diego Henrique Valentim, o Pestinha, de 25 anos, o ex-presidiário Lincon Van Damme Ferreira, de 23 anos, nega ter praticado o crime, afirma ter provas de que estava fora de Sarandi na hora da execução, que não tinha qualquer motivo para matar Pestinha. Segundo ele, nem mesmo conhecia a vítima. Van Damme diz que vai procurar a polícia no momento certo e criticou o delegado que o apontou como suspeito.
Por meio do advogado Andrei Luiz Martins, que já o defendeu em outra oportunidade, Van Damme conseguiu espaço no programa Cidade Alerta Maringá, da RIC Record TV, e conversou com o repórter Agnaldo Cesar, quando disse que precisa usar esse recurso porque é considerado foragido da Justiça desde que foi decretada sua prisão preventiva.
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Numa conversa em que transparece que o cliente foi bem orientado pelo advogado que o defende, Lincon Van Damme disse que não estava em
Sarandi no dia em que Pestinha foi executado na UTI do Metropolitano. Ele disse que alugou uma casa em Paiçandu e passou o domingo limpando-a para mudar. Alega, inclusive, que mais ou menos na mesma hora em que três homens invadiram o hospital para matar Pestinha ele estava em Paiçandu e garante que pode provar por meio de imagens das câmeras de segurança de locais em que esteve no domingo a tarde, como um supermercado e um posto de combustíveis.
Segundo ele, os três homens que invadiram o hospital estavam encapuzados e que não entende em quê o delegado Adriano Garcia se baseia para apontá-lo como suspeito.
“Eu não estou fugindo. Estou correndo atrás de me explicar e provar. Eu só queria que o delegado corresse atrás de onde eu falei que estava, pra ele ver que eu não tenho a ver com isso. Não tem como uma pessoa estar em dois lugares ao mesmo tempo. Não sou perigoso, não faço mal a ninguém”, disse Van Damme, acrescentando que pretende procurar a polícia assim que as autoridades tiverem acesso às imagens que provam que ele estava em outra cidade na hora do crime.
Ele diz também que não tem nada a ver com a tentativa de homicídio sofrida por Pestinha quatro dias antes da execução. Um homem disparou várias vezes contra Pestinha na via comercial do Jardim Esperança, acertando-lhe um tiro no estômago e outro numa perna. Foi por causa desta tentativa de homicídio que Pestinha foi internado, precisou passar por cirurgia e estava na UTI em processo de recuperação.
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