A Polícia Civil de Umuarama a cada dia consegue mais elementos que provam a participação do comerciante Jean Michel de Souza Barros no assassinato da esposa dele, a advogada Jaqueline Soares, e dos pais dela, Helena Marra dos Santos, de 59 anos, e Antonio Soares, de 65. O suspeito de matar a mulher, sogro e sogra nega o crime.
O triplo homicídio aconteceu no dia 8, na Zona 2 de Umuarama, e só foi descoberto na manhã seguinte, uma segunda-feira, quando a empregada doméstica da família chegou para trabalhar e encontrou os três cadáveres.
Para o delegado Osnildo Carneiro Lemes, fica cada vez mais claro que Jean, único suspeito até agora, é mesmo o responsável pelas mortes. Desta vez a polícia encontrou os telefones celulares de Antonio e de Helena em um bueiro da galeria de águas pluviais de uma rua que fica no trajeto entre a casa em que aconteceu o triplo homicídio e a casa em que Jean morava.
Para complicar ainda mais a situação do suspeito, os investigadores da Polícia Civil encontraram imagens de câmeras de segurança que mostram Jean parando o carro, indo até o bueiro e jogando algo na boca-de-lobo.
Recorde o caso
O triplo homicídio foi descoberto na manhã do dia 9, quando uma empregada doméstica chegou para trabalhar e encontrou a patroa e o patrão mortos na cozinha da casa, em meio a muito sangue. Eles tinham sido esfaqueados no pescoço.
A polícia foi chamada e momentos depois os agentes localizaram o corpo da filha do casal, a advogada Jaqueline Soares, morta dentro de uma banheira no andar de cima do sobrado. Não havia água na banheira e a mulher estava com as roupas. Ele tinha recebido pelo menos seis facadas.
Jaqueline era casada com o comerciante Jean Michel de Souza, mas viviam em casas diferentes devido às constantes brigas. Segundo conhecidos do casal, Jean era muito possessivo com relação à mulher e tinha crises de ciúmes.
Suspeito estava trabalhando
Bastou uma rápida olhada na cena do crime para os policiais voltarem suas suspeitas para o marido de Jaqueline, Jean Michel, que morava em outra casa e vivia em briga com o sogro. Foi por causa do comportamento neurótico de Jean que Antonio e Helena tinham se mudado de Guaíra, onde tinham lojas, para Umuarama, a fim de proteger a filha.
As suspeitas dos policiais baseavam-se no fato de que o assassino era alguém conhecido da família, pois não havia sinais de arrombamento, nem de que teria havido reação de Antonio e Helena. O jantar ainda estava na mesa. Os policiais encontraram Jean Michel trabalhando ‘normalmente’ na loja que tinha na Praça Miguel Rossafa, no Centro de Umuarama, e, numa busca rápida, encontraram roupas com manchas de sangue, marcas de sangue também no carro que ele suspostamente usou na noite anterior e foi achado um par de chinelas com a mesma pegada que foi encontrada em uma poça de sangue no local do crime.
Depois disto, os policiais encontraram na casa das vítimas um local em que o assassino teria usado uma torneira de jardim para se lavar. Havia sinais de sangue no local.
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