Serão sepultados na tarde desta quarta-feira em Pires do Rio, no interior de Goiás, os corpos do empresário Antonio Soares dos Santos, de 59 anos, da mulher dele, Helena Marra dos Santos, 59, e da filha do casal, a advogada Jaqueline Soares, de 39 anos. Pai, mãe e filha, todos moradores em Umuarama, foram assassinados a facadas na noite do último domingo, no sobrado em que viviam, possivelmente pelo marido de Jaqueline, Jean Michel de Souza, que está preso em Umuarama. A advogada e os pais foram encontrados pela empregada da casa na manhã de segunda-feira.
Preso em flagrante, Jean Michel tem permanecido calado diante da polícia, mas para os dois delegados que conduzem o caso não há dúvidas de que é ele o assassino. Foi encontrada uma marca do chinelo que usava em uma poça de sangue na cozinha da casa, local em que foram mortos Antonio e Helena, ambos com facadas no pescoço, e havia sangue no carro que usava e em roupas recolhidas pela polícia.
Além disto, tudo leva a crer que o assassino fosse pessoa bem conhecida da família, pois não houve arrombamento e nenhum objeto desapareceu da casa, mesmo coisas de valor.
Crises de ciúmes
A polícia ainda não falou nada sobre a motivação do triplo homicídio, mas a imprensa de Umuarama vai aos poucos montando o histórico da família.
De acordo com os conhecidos, Antonio era proprietário de lojas de tecidos em Guaíra, no Paraná, e em Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul e teria convencido o genro, Jean, a montar uma loja em Umuarama.
Segundo os conhecidos, os problemas da família eram as crises de ciúmes de Jean. O genro estaria agindo de forma violenta, o que levou Antonio e Helena a se mudarem para Umuarama, onde alugaram uma casa na Zona 2 para ficarem mais próximos da filha Jaqueline, que advogava em Umuarama e lutava para seguir os passos da irmã, que é juíza em Paranavaí.
A presença do casal em Umuarama não mudou o comportamento de Jean, que teria continuado humilhando Jaqueline, o que levou a advogada a mudar-se para a casa dos pais.
Segundo os amigos de Jaqueline, o casal fazia planos de voltar a morar juntos e que Jean a visitava na casa dos pais, mas o relacionamento dele com a família era péssimo.
Trabalhando ‘normalmente’
A polícia não tem informações sobre como pode ter sido a noite de Jean Michel após o triplo assassinato, a facadas, a mulher, Jaqueline, e dos sogros Helena e Antonio, supostamente praticado por ele. Mas, imagens de câmeras de segurança o mostram chegando para trabalhar na manhã de segunda-feira, em sua loja de aviamentos, na Praça Miguel Rossafa, na região central de Umuarama.
Ele estava na loja no momento em que a empregada doméstica dos sogros chegou à casa e encontrou os corpos. E estava ‘trabalhando’ quando os investigadores da Polícia Civil chegaram para levá-lo para a Delegacia.
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