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Dois médicos foram presos no Pronto Atendimento de Irati, no Paraná, após serem investigados por falsidade ideológica e exercício ilegal da medicina. O caso ocorreu no domingo (23) e foi denunciado por uma mãe que percebeu uma discrepância entre o nome do médico no receituário e o carimbo apresentado no documento. Ela registrou a ocorrência, levando a Polícia Militar até o local.
De acordo com a Polícia Civil, um dos médicos, de origem paraguaia, atendia no Brasil sem o devido registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) e sem ter feito o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida). Ele foi supervisionado por um colega de profissão, que tem o CRM válido, mas foi acusado de ter cedido seu carimbo e informações para que o profissional paraguaio pudesse realizar o atendimento.
Após a prisão, a empresa responsável pela contratação dos médicos, Futura Gestão em Serviços de Saúde, afirmou que afastou o profissional envolvido para investigações. A empresa explicou que o médico supervisionado estava credenciado e apresentou a documentação necessária ao Município, e desconhecia que o paraguaio estava atendendo sem sua supervisão.
O Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) também iniciou uma sindicância para apurar o envolvimento dos profissionais e verificar possíveis irregularidades. Em resposta ao ocorrido, a Prefeitura de Irati descredenciou a empresa responsável pela contratação e instaurou uma sindicância administrativa. A secretaria de Saúde local informou que não existe nenhum programa que autorize a supervisão de atendimentos médicos no município.
A Polícia Civil e o CRM-PR continuam as investigações sobre o caso.
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