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Os deputados Luiz Claudio Romanelli (PSD), Tercílio Turini (MDB) e Evandro Araújo (PSD) reiteraram nesta quarta-feira (5) os riscos da cobrança do pedágio nas rodovias do Paraná, especialmente em áreas urbanas e conurbadas. Os parlamentares enviaram um pedido à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), solicitando a reavaliação da cobrança prevista nas concessões do Lote 4 das rodovias estaduais.
De acordo com os deputados, a falta de critérios diferenciados para trechos urbanos pode prejudicar gravemente a população local e os moradores de cidades vizinhas, que frequentemente utilizam essas rodovias para acessar serviços essenciais. Em algumas regiões, como Londrina e Maringá, prefeitos também expressaram preocupações sobre o impacto que o pedágio poderá ter no transporte diário dos cidadãos.
Em um exemplo específico, foi apontado que a cobrança de R$ 0,20 por quilômetro rodado pode resultar em um custo de R$ 3,70 para quem percorre os 18,5 km entre Sarandi e o Aeroporto de Maringá. Para quem utiliza essas vias diariamente, esse valor pode ser um grande encargo financeiro.
Além disso, a Associação Comercial e Industrial de Londrina também se manifestou, ressaltando a importância de que o pedágio não prejudique a economia local, como o comércio e a indústria, e que o fluxo de veículos entre cidades vizinhas não seja afetado.
Os deputados pedem que a ANTT estabeleça áreas isentas de pedágio num raio de 30 quilômetros das zonas urbanas ou metropolitanas e que se respeite a distinção entre trechos de uso predominantemente local e outros tipos de deslocamentos. Também solicitam a manutenção e ampliação de rotas alternativas gratuitas para que a população tenha opções viáveis de deslocamento, sem que isso sobrecarregue seu orçamento.
A cobrança do pedágio em trechos urbanos continua sendo um tema de debate nas regiões que enfrentam uma maior movimentação de pessoas, impactando diretamente no custo de vida e na qualidade de serviços e infraestruturas dessas áreas.