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Os deputados estaduais Tercilio Turini (MDB), Luiz Claudio Romanelli (PSD) e Evandro Araújo (PSD) protocolaram um documento na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) pedindo a revisão da cobrança de pedágio no sistema “free flow” em trechos urbanos e conurbados.
Os parlamentares argumentam que essas rodovias são utilizadas diariamente por moradores para acessar trabalho, saúde, educação e outros compromissos. Segundo eles, a cobrança nesses trechos impactará negativamente a economia local e o deslocamento da população.
O sistema “free flow” prevê a tarifação por quilômetro rodado, registrada por pórticos ao longo das rodovias. Sem critérios diferenciados, moradores de cidades cortadas por essas estradas serão prejudicados. Turini citou as rodovias PR-445 e BR-369, em Londrina, como exemplos de vias urbanas que não deveriam ser pedagiadas.
A ANTT realizou audiência pública no dia 9 de janeiro e recebeu sugestões até 24 de janeiro. Os deputados pediram isenção de tarifa ou um modelo de cobrança especial para residentes, sugerindo a criação de um cadastro municipal de usuários.
Eles destacaram que o Paraná possui diversas cidades próximas e integradas, onde a circulação entre municípios é essencial para a economia. Segundo os parlamentares, a cobrança precisa considerar esse fator para não onerar excessivamente a população.
Como exemplo, apontaram que, com uma tarifa de R$ 0,20 por quilômetro rodado, o trajeto de 18,5 km entre Sarandi e o Aeroporto de Maringá custaria R$ 3,70 por viagem, impactando diretamente trabalhadores e estudantes que fazem o percurso diariamente.
Os deputados defendem que a ANTT delimite áreas isentas de pedágio em um raio de 30 km fora do eixo urbano ou metropolitano. Também pedem a manutenção e ampliação de rotas alternativas gratuitas para garantir opções viáveis de deslocamento.
