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O uso de esteroides anabolizantes sem necessidade médica é prejudicial à saúde, mas os riscos aumentam quando os produtos são fabricados de forma clandestina. Uma operação policial realizada no Rio de Janeiro e em Brasília desarticulou uma quadrilha especializada na produção e venda desses produtos no Brasil.
Na ação, 15 pessoas foram presas e mais de 2 mil frascos de anabolizantes foram apreendidos. Segundo as investigações, os produtos eram fabricados sem qualquer fiscalização, utilizando substâncias como benzoato de metila, um ingrediente tóxico usado para matar piolhos. A comercialização ocorria pela internet.
Esteroides anabolizantes são medicamentos de uso controlado e só podem ser vendidos em farmácias autorizadas mediante receita especial. A fabricação clandestina ocorre sem controle de qualidade, muitas vezes em locais insalubres, aumentando o risco de contaminações graves. Além disso, substâncias ilegais podem conter doses inadequadas, ingredientes não declarados e contaminantes perigosos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforça que a venda de anabolizantes fora das regras estabelecidas é ilegal. Medicamentos falsificados podem ser identificados por irregularidades na embalagem, como erros de português, ausência de lacres de segurança e divergências nas informações de lote e validade.
Os anabolizantes possuem uso médico restrito, indicado principalmente para casos de deficiência de testosterona, queimaduras severas ou algumas condições específicas, como incongruência de gênero. O uso para fins estéticos, ganho de performance ou outras finalidades não autorizadas é proibido e considerado perigoso.
Especialistas alertam que os efeitos adversos incluem problemas cardiovasculares, insuficiência hepática, alterações hormonais, infertilidade, tumores, e até impactos psicológicos, como ansiedade e agressividade. O uso indiscriminado e a fabricação clandestina dessas substâncias colocam em risco a saúde pública.