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Um homem de 33 anos, ex-funcionário da Prefeitura de Ponta Grossa (a cerca de 310 km de Maringá) é acusado de aplicar golpes contra colegas de trabalho, que são pessoas com deficiência (PCDs) – uma delas tem 22 anos e é diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e a outra tem 42 anos e possui deficiência motora.
O suspeito abriu contas e fez empréstimos nos nomes das vítimas. O prejuízo total identificado nas duas ocorrências aproxima-se de R$ 100 mil.
De acordo com o delegado Gabriel Munhoz, no primeiro caso, o homem chegou a usar um carro oficial da prefeitura durante o horário de trabalho para levar a vítima até um banco, com o pretexto de ajudá-la a desbloquear um cartão.
Na ocasião, ele abriu um conta em nome do jovem, realizou um saque de R$ 1.664,99 e contratou um empréstimo consignado de R$ 30.075,66. Para que o crime não fosse descoberto, o suspeito cadastrou seu próprio número de celular na conta e realizou diversas transferências bancárias desde então.
Um mês depois, no segundo caso, o suspeito alegou que precisava de documentos pessoais do colega para um trabalho de conclusão de curso (TCC) sobre acessibilidade.
“Para ganhar a confiança da vítima, chegou a visitá-la em sua residência, onde tirou ‘selfies’ que também foram utilizadas para prática do crime. Com a documentação obtida, abriu contas bancárias e realizou empréstimos em nome da vítima, transferindo os valores para sua própria conta”, explica o delegado.
O suspeito possui um antecedente criminal, também por estelionato, datado de 2012. A Polícia Civil solicitou o bloqueio dos valores nas contas bancárias dele, e os inquéritos foram encaminhados à Justiça, onde as penas máximas dos crimes somadas podem ultrapassar doze anos de reclusão.
Alerta
Com o aumento de golpes direcionados a pessoas com deficiência (PCDs) e idosos, é fundamental que familiares e responsáveis fiquem atentos a movimentações bancárias suspeitas. Nunca forneça documentos pessoais ou autorize terceiros a realizar operações financeiras em nome dessas pessoas.
Caso haja qualquer suspeita de golpe ou fraude, é importante registrar um boletim de ocorrência, seja na delegacia mais próxima ou por meio da Delegacia Virtual, para que as autoridades possam investigar e prevenir novas ocorrências.
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