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Um levantamento recente do Censo Demográfico 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (25), revela que a mortalidade masculina entre jovens de 20 a 24 anos é 3,7 vezes maior do que a feminina. Para cada 100 mortes de mulheres nessa faixa etária, há 371 mortes de homens. O estudo abrange os óbitos ocorridos de agosto de 2021 a julho de 2022, totalizando 1,3 milhões de mortes, sendo 722,2 mil de homens e 604 mil de mulheres.
A cobertura dos dados sobre mortes no Censo alcançou 84,4% do que é registrado no Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. As informações foram coletadas por meio de visitas domiciliares, permitindo caracterizar as condições de habitação e educação dos falecidos. O IBGE decidiu não incluir dados de períodos anteriores, pois a imprecisão aumenta com o tempo, o que pode afetar a qualidade das informações.
Entre as regiões do Brasil, o Norte apresentou a maior razão entre o número de óbitos masculinos e femininos, com 138,5 homens para cada 100 mulheres. O Centro-Oeste segue com 129,6, enquanto a menor razão foi observada no Sudeste, com 113,9. No contexto estadual, Tocantins (150,1) e Rondônia (147,7) lideram as taxas mais altas de mortalidade masculina.
A análise aponta que a sobremortalidade masculina está associada a causas externas, como homicídios e acidentes de trânsito, refletindo diferenças de comportamento e hábitos de vida. A partir dos 80 anos, as mortes de mulheres começam a superar as de homens, indicando que, apesar de nascerem mais meninos, os homens tendem a morrer mais cedo ao longo da vida.
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