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O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, nesta quarta-feira (9/10), a 78ª edição do Boletim de Mercado de Trabalho: Conjuntura e Análise (BMT). Os dados, que abrangem até o segundo trimestre de 2024, mostram um panorama positivo para o mercado de trabalho brasileiro, com a força de trabalho alcançando 109,4 milhões de pessoas e a população ocupada subindo para 101,8 milhões.
Esses números são os mais elevados desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012, representando crescimentos de 1,7% e 3,0%, respectivamente, em comparação com o ano anterior. O emprego formal também apresentou resultados animadores, com um aumento de 4,0% em relação ao segundo trimestre de 2023. O Novo Caged registrou a criação de 1,7 milhão de novas vagas com carteira assinada, evidenciando uma alta de 3,8% no período.
Por outro lado, a taxa de desocupação caiu para 6,9%, o menor nível desde 2014. Embora as quedas tenham sido significativas em várias categorias, os pesquisadores do Ipea alertam para desafios persistentes, como a estabilidade das taxas de subocupação e o elevado número de inativos, que totaliza 66,7 milhões. Entre eles, 3,2 milhões desistiram de procurar emprego devido ao desalento, necessitando de atenção para reintegração ao mercado de trabalho.
Setores como transporte, informática e serviços pessoais se destacaram, apresentando crescimento no emprego formal, enquanto a agropecuária e serviços domésticos enfrentaram quedas. A renda média também cresceu, atingindo R$ 3.214 no segundo trimestre, com um aumento real de 5,8% em relação ao ano anterior, enquanto a massa salarial real cresceu 9,2%, totalizando R$ 322,6 bilhões.
Apesar dos avanços, o Ipea enfatiza a importância de abordar as desigualdades regionais e sociais, que ainda afetam a inclusão produtiva. O boletim também apresenta seções dedicadas a temas relevantes, como a evolução dos empregos verdes e o acesso ao mercado de trabalho para refugiados, destacando a necessidade de políticas eficazes para enfrentar esses desafios.
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