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Nesta terça-feira (17), uma série de explosões envolvendo pagers utilizados por membros do Hezbollah resultou na morte de 12 pessoas e deixou mais de 2.800 feridas em Beirute, Líbano.
As detonações ocorreram após os dispositivos emitirem um alerta que parecia ser uma mensagem oficial do grupo, mas que na verdade ativou explosivos implantados previamente. Entre as vítimas estão combatentes e médicos do grupo Hezbollah, além do embaixador do Irã no Líbano.
De acordo com fontes de segurança libanesas, a agência de espionagem israelense, Mossad, havia inserido explosivos em um lote de 5.000 pagers, importados da empresa Gold Apollo, com sede em Taiwan. A operação foi revelada pelo jornal “The New York Times”, que indicou que cada pager continha uma carga explosiva de menos de 50 gramas, instalada próxima à bateria e controlada remotamente.
Os pagers foram distribuídos entre membros do Hezbollah e seus aliados no Irã e na Síria. Imagens de câmeras de segurança capturaram o momento das explosões, que ocorreram em locais movimentados, como um supermercado, onde uma das detonações atingiu um cliente no caixa.
O embaixador do Irã no Líbano, Mojtaba Amani, foi um dos feridos, mas sofreu apenas ferimentos leves. A Cruz Vermelha Libanesa mobilizou uma grande operação de socorro, enviando mais de 50 ambulâncias e 300 equipes médicas para atender as vítimas.
Após os ataques, o governo libanês emitiu um alerta para que os cidadãos descartassem imediatamente os pagers, enquanto um representante do Hezbollah descreveu o incidente como a “maior falha de segurança” enfrentada pelo grupo desde o início do atual conflito em outubro de 2023.
O Hezbollah, apoiado pelo Irã, prometeu retaliar Israel, que até o momento não comentou oficialmente as explosões.
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