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A Itaipu Binacional participou nesta segunda-feira (26), na sede do Ministério de Minas e Energia (MME), em Brasília (DF), do lançamento da Política Nacional de Transição Energética (PNTE), que estabelece a estratégia brasileira para impulsionar no País as fontes renováveis de energia e reduzir a emissão de gases do efeito estufa.
O evento teve a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que destacou o papel da hidrelétrica binacional para a segurança energética de Brasil e Paraguai. “Vamos ser francos, Itaipu é um monumento da inteligência da engenharia brasileira”, declarou o presidente.
A cerimônia no MME ocorreu após a 1ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Políticas Energéticas, quando foi aprovada a PNTE. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, detalhou o novo plano, com ênfase nos investimentos em fontes renováveis de energia. São esperados para os próximos anos investimentos de R$ 2 trilhões no setor.
“Vamos integrar políticas e ações governamentais, consolidando esforços para melhorar ainda mais a nossa matriz energética. A nossa prioridade é e sempre será as pessoas. A transição energética deve ser justa, inclusiva e equilibrada”, afirmou o ministro.
A convite do presidente Lula, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou dados sobre a economia brasileira e o impacto das reformas promovidas pelo Estado no Produto Interno Bruto (PIB). Segundo ele, a expectativa de crescimento da economia em 2024 é de 3,1%.
Além de Lula, Silveira e Haddad, apenas o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri, falou no evento. A empresa patrocinou a criação do Centro da Memória do MME, inaugurado também na cerimônia. “Para nós, estarmos aqui é simbólico. Porque a história de Itaipu é a história da transição energética. Uma energia limpa, barata, vinculada a uma forte política ambiental”, declarou.
Verri mencionou alguns dos projetos desenvolvidos pela empresa relacionados à transição energética, como o hidrogênio verde, o SAF (combustível verde para aviação) e a produção de biogás a partir de dejetos da suinocultura. “Estamos agora, por determinação do presidente Lula, trabalhando com a produção e energia solar no reservatório da usina”, disse. “Porque não existe maior política de inclusão social do que energia barata.”
Além da inauguração e descerramento da placa do Centro de Memória, Lula anunciou algumas ações para o setor de energia, como o projeto de lei que amplia o acesso ao Gás Liquefeito de Petróleo (GLP); a medida provisória que cria incentivos à indústria naval e para o setor de petróleo e gás; e o decreto que consolida as ações do programa Gás para Empregar, que visa aumentar a oferta de gás natural e diminuir o preço ao consumidor final.
A cerimônia teve a participação da primeira-dama, Janja da Silva, e de ministros de Estado – entre eles, Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária), Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Esther Dweck (Gestão), entre outras autoridades.
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