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A Polícia Civil do Paraná segue investigando a agência de eventos Filia, de Maringá, suspeita de operar um esquema de pirâmide financeira. A empresa é acusada de aplicar golpes em casais e formandos, cancelando e não entregando eventos pelos quais foi contratada.
Até agora, pelo menos 450 boletins de ocorrências foram registrados contra a agência de eventos. O prejuízo estimado é de aproximadamente R$ 8 milhões.
De acordo com o delegado Fernando Garbelini, responsável pelas investigações, três sócios da Filia prestaram depoimentos nesta sexta-feira (23). Eles afirmaram que o principal motivo para o colapso da empresa foi a redução significativa nas vendas a partir do início do ano.
“Eles disseram que do início do ano para cá as vendas teriam caído e parou de entrar dinheiro. Com isso, eles não conseguiram cumprir com os eventos”, explicou o delegado.
As investigações indicam que a agência operava com um esquema de pirâmide, onde os eventos contratados eram pagos com o dinheiro de novos contratos.
“Isso reforça a nossa ideia inicial de que funcionava como se fosse sistema de pirâmide: eles pagavam os eventos anteriores com o dinheiro que vinha entrando das vítimas sucessivas”, detalhou Garbelini.
Os sócios da empresa alegaram à polícia que não possuem recursos para realizar os eventos pendentes ou devolver o dinheiro aos clientes.
Além dos clientes lesados, os funcionários da Filia também foram prejudicados. Atrasos salariais de estariam ocorrendo desde o fim de 2023 e os pagamentos eram “picados”.
Nas redes sociais, a Filia alegou que precisou sair da cidade após receber ameaças. Imagens de câmeras de segurança mostram funcionários da empresa retirando móveis e documentos do escritório, o que levantou ainda mais suspeitas sobre as operações da agência.
As investigações continuam, e a Polícia Civil busca entender a extensão dos danos causados pela empresa e identificar todas as vítimas envolvidas no esquema.
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