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Cientistas fizeram uma descoberta significativa ao localizar, pela primeira vez, uma caverna na Lua com pelo menos 100 metros de profundidade, que pode se tornar um local para uma base permanente de astronautas.
A pesquisa, que revela um potencial “mundo subterrâneo e não descoberto” com provavelmente centenas de cavernas, foi publicada na revista científica Nature Astronomy nesta segunda-feira (15).
Os dados fornecidos pelo Orbitador de Reconhecimento Lunar (LRO na sigla em inglês) da NASA revelaram a existência dessa caverna a aproximadamente 150 metros abaixo da superfície lunar, com dimensões aproximadas de 45 metros de largura e 80 metros de comprimento, localizada na planície lunar Mare Tranquillitatis. Este local é historicamente significativo, pois foi onde os astronautas da Apollo 11 pousaram em 1969, na primeira missão tripulada a aterrissar na Lua.
Embora cavernas lunares tenham sido detectadas há mais de uma década, essa é a primeira vez que uma foi localizada com tanta profundidade. A descoberta sugere que essas cavernas podem oferecer ambientes estáveis e protegidos da radiação solar, com condições de temperatura favoráveis à ocupação humana.
O estudo destaca que a exploração direta dessas cavernas poderia confirmar sua viabilidade como abrigos para futuras missões humanas.
“Essa descoberta sugere que Mare Tranquillitatis é um local promissor para uma base lunar, pois oferece abrigo contra o ambiente hostil da superfície e poderia suportar a exploração humana de longo prazo da Lua”, afirmam os pesquisadores.
Contudo, acessar a caverna apresenta um desafio significativo. “Entrar nessa cratera requer descer 125 metros antes de chegar ao fundo, e a borda é uma encosta íngreme de detritos soltos onde qualquer movimento pode resultar em pequenas avalanches”, ponderou Robert Wagner, pesquisador da Universidade Estadual do Arizona, ao jornal britânico The Guardian.
Superar esses obstáculos de acesso será crucial para transformar a caverna em Mare Tranquillitatis em uma base lunar prática e segura. Se bem-sucedida, essa iniciativa poderá representar um avanço significativo na busca por uma presença humana duradoura na Lua, abrindo novas possibilidades para a exploração espacial futura.
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