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Manoel Pereira Xavier, de 51 anos, pastor da Assembleia de Deus (Adeb) em Ceilândia (DF), anunciou que deixará o pastorado e o cargo de coordenador da igreja. A decisão veio após fiéis da congregação exporem nas redes sociais uma suposta traição de Manoel com uma “irmã” da igreja.
Em uma mensagem compartilhada em um grupo de WhatsApp com os membros da igreja, Manoel revelou que a decisão de renunciar foi influenciada por seu irmão, Orcival Pereira Xavier, que é o presidente da Adeb.
“Em concordância com a orientação do pastor Orcival, estarei saindo do pastorado da igreja de Ceilândia Sul e também da direção do setor II”, escreveu Manoel. Ele também convocou os fiéis para uma reunião na unidade de Ceilândia Sul, marcada para esta terça-feira (2).
Manoel e Orcival são irmãos do ex-deputado distrital Carlos Pereira Xavier, atualmente preso sob a acusação de ter encomendado a morte de um adolescente de 16 anos que ele acreditava ser amante da sua esposa.
O caso de traição de Manoel, casado há mais de 30 anos, veio à tona no início de junho, quando membros da igreja, indignados com a situação, começaram a expor o caso nas redes sociais. Segundo um perfil no Instagram chamado Adeb Notícias, um homem desconfiado das visitas constantes de Manoel à casa da ex-esposa procurou outro pastor para reportar a suspeita de traição em abril.
Após a denúncia, um detetive foi contratado para investigar o caso. Ao monitorar o pastor com um rastreador, o detetive descobriu que ele frequentemente visitava um motel em Ceilândia na companhia da “irmã” da igreja.
Certo dia, o rastreador indicou que o carro de Manoel estava no local, e alguns integrantes da igreja foram até lá para confirmar se realmente era o pastor. Ele foi visto saindo do local com o veículo e fugiu quando foi abordado pelo grupo.
As evidências da traição, incluindo fotos, vídeos e dados do rastreador, foram apresentadas ao pastor presidente Orcival Pereira, que inicialmente minimizou a situação. Ele alegou não ser possível afirmar que Manoel estava no interior do veículo visto no motel.
A diretoria da igreja convocou reuniões com pastores próximos, tentando convencê-los de que as acusações eram “um levante do inimigo e calúnias de pessoas inescrupulosas”.
“Que os fatos sejam apurados, que caso seja verdade, o pastor possa ser recuperado, passe pela disciplina, para voltar a ser exemplo para os fiéis”, escreveu o perfil de notícias.
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