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Uma jovem de 20 anos, moradora de Rio Branco do Sul (cerca de 560 km de Maringá), está sendo perseguida por um vizinho, que aparentemente tem o dobro da idade dela.
Gabrielle Dias Brito começou a receber mensagens insistentes do homem há cerca de um ano. Além de persegui-la nas redes sociais, o suspeito tentava falar com ela pessoalmente, em sua própria residência.
Em entrevista à Banda B, a jovem conta que as primeiras mensagens começaram a chegar em março do ano passado.
“Ele mandou algo como ‘linda, fica comigo’. Eu não respondi, tirei print e enviei para meu pai, que é mecânico e tem uma oficina aqui na cidade. Meu pai falou para bloquear ele, e foi o que eu fiz”, relatou a jovem.
No entanto, a situação piorou quando o vizinho criou um perfil falso em julho e enviou outra mensagem, dizendo que sentia muito por não ter dado parabéns a ela em seu aniversário, e também pela morte de seu cavalo.
“Isso mexeu comigo, porque vi que era alguém que me conhecia mesmo”, afirmou Gabrielle.
Mesmo após bloquear repetidamente o vizinho, ele continuou criando novos perfis para entrar em contato com a jovem. Entre as mensagens, o homem expressa declarações como “Eu te amo”, “Posso te dar uma vida de princesa”, e “Todo dia eu penso em você e oro a Deus”. Ele também chegou a dizer que é “apaixonado” por Gabrielle há aproximadamente sete anos, e estava esperando que ela crescesse.
Veja alguns prints das conversas a seguir:
Depois de tantas rejeições, o vizinho se recusava a desistir e passou a mandar mensagens para os conhecidos de Gabrielle, incluindo pessoas da igreja, pedindo seu número de telefone.
Todas as situações foram denunciadas à polícia. A situação chegou ao ponto de uma audiência preliminar na justiça, onde o vizinho pediu desculpas, justificando seu comportamento obsessivo como uma demonstração de amor. Apesar de ter demonstrado arrependimento por suas ações, o homem voltou a perseguir a jovem um mês depois.
No dia 29 de maio, o caso se agravou ainda mais quando o vizinho tentou agarrar a irmã de Gabrielle e as seguiu com uma moto. Devido aos constantes episódios de assédio, a polícia tem realizado rondas frequentes na rua da casa da jovem.
O assédio contínuo obrigou Gabrielle a alterar sua rotina de trabalho, que agora realiza no formato home office para evitar encontrar o vizinho.
“Morro de medo de sair de casa sozinha e ele fazer alguma coisa. Agora ele está desaparecido, desde o dia 29, mas continua mandando mensagem”, revelou.
O caso segue sob investigação. Apesar dos constantes assédios, Gabrielle enfrentou dificuldades ao tentar solicitar uma medida protetiva à Polícia Civil. Na delegacia, ela foi informada de que o caso não se enquadrava na Lei Maria da Penha, uma vez que ela nunca teve nenhum tipo de relacionamento, seja de amizade ou amoroso, com o vizinho.
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