‘Eu não sou esse monstro’, diz sobrinha de Tio Paulo após prisão por tentativa de saque com cadáver

Depois de passar 16 dias na cadeia, Érika de Souza concede entrevista ao Fantástico. Ela defende que não percebeu que o tio estava morto.

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    Érika de Souza, que foi detida sob acusação de tentar sacar um empréstimo de R$ 17 mil com o cadáver do tio, quebrou o silêncio pela primeira vez em uma entrevista para o Fantástico.

    No dia 16 de abril deste ano, Érika levou o tio, Paulo Roberto Braga, de 68 anos, para uma agência bancária de Bangu, no Rio de Janeiro. O idoso, que estava em uma cadeira de rodas, estava morto no momento em que a sobrinha pediu que ele assinasse os papéis do empréstimo.

    Érika de Souza foi detida, suspeita de tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver. Ela passou 16 dias presas e deixou a cadeia na última quinta-feira (2). Em entrevista ao Fantástico, ela defende que não percebeu que o tio estava morto. Ela também alega que tinha tomado um remédio “zolpidem” no dia por causa de problemas psicológicos.

    “Foram dias horríveis longe da minha família. Vivi momentos da minha vida que não suportava mais. Muito difícil. Foi horrível eu não percebi que meu tio estava morto. […] Eu não sou essa pessoa que estão falando, não sou esse monstro.”

    Durante a entrevista, o repórter Paulo Renato Soares questiona se ela não pensava que o idoso estaria fraco demais para sair de casa. Ela respondeu: “Não, porque ele me pediu para ir”. E relatou que tudo correu bem dentro do carro no trajeto até o banco.

    Ao ser questionada sobre o motivo de segurar a cabeça do tio dentro da agência, Érika afirmou que foi uma solicitação dele. Ela teria perguntado ao tio se ele ficaria mais confortável caso apoiasse a cabeça dele. “Eu perguntei se assim ficaria melhor, ele disse que sim”.

    Confira o vídeo da entrevista a seguir:

    Vídeo: Youtube

    Érika ainda está sendo processada por vilipêndio de cadáver, mas responde em liberdade, considerando que é primária e não representa risco às testemunhas. Ela também está sendo investigada por homicídio culposo – quando não há a intenção de matar.

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