Bullying: Adolescente de 13 anos morre após agressão dos colegas

A agressão teria ocorrido no dia 9 de abril. Dois alunos teriam pulado nas costas do menino, que morreu alguns dias depois.

  • Tempo estimado de leitura: 3 minutos

    Um caso de bullying em escola terminou em morte no município de Praia Grande, no litoral de São Paulo. Um menino, de apenas 13 anos, morreu uma semana depois de ser agredido por colegas.

    Carlos Teixeira Gomes Ferreira Nazara foi internado no hospital e sofreu três paradas cardiorrespiratórias. Ele veio a óbito na última terça-feira (16).

    A agressão teria ocorrido no dia 9 de abril, segundo contou o pai do menino, Julisses Fleming Gomes Ferreira Nazara. Ele relata que o filho estava no intervalo da escola, quando um dos alunos mais velhos roubou um pirulito dele. Em seguida, Carlos foi arrastado para o banheiro e foi agredido pelo grupo. Dois garotos ainda teriam pulado nas costas dele.

    Ao voltar para casa, Carlos sentia muitas dores, febre e falta de ar. Em um vídeo publicado nas redes sociais, ele chora enquanto conta ao pai o que havia acontecido.

    • “Carlinhos, quem foi?”, perguntou o pai.
    • “O [nome do colega]”, respondeu o menino.
    • “Que série?”, questionou o pai.
    • O menino respondeu.
    • “Ele pulou em cima de tu?”, indagou o pai.
    • “É”, disse o adolescente.
    • “Te machucou e está com falta de ar?”
    • “Eu estou. Quando eu respiro, dói as costas.”
    • “E tu nem estava brincando com ele?”
    • “Não.”

    Diante da situação, a família levou Carlos para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e depois para o Pronto Socorro, mas o menino não apresentava melhora. Ele foi internado no hospital, mas não resistiu.

    Segundo os familiares, Carlos era alvo de bullying na escola e já havia sofrido outras agressões e perseguições. A situação foi reportada para a diretoria, porém, eles alegam que nada foi feito.

    Julisses afirmou que os médicos disseram que a suspeita era de que a causa da morte seria uma infecção no pulmão. O caso ainda está sendo investigado pela Polícia Civil.

    “A gente leva a criança para escola achando que a criança vai estudar, vai ser alguém na vida, que lá é um ambiente seguro e, ao final, olha o que acontece. Me sinto incapaz. Isso destruiu minha família. Minha esposa e eu esperamos que a justiça seja feita”, disse Julisses ao Globo.

    Comentários estão fechados.