Paraná lidera ranking de perda de vacinas contra Covid-19 vencidas, segundo TCU

Ao se avaliar o cenário nacional, mais de 54,2 milhões de doses da vacina foram descartadas até o final de 2022, gerando um prejuízo estimado em R$ 2,1 bilhões.

  • Em um levantamento recente divulgado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), foi revelado que o Paraná é o estado brasileiro que mais descartou doses da vacina contra Covid-19 devido à validade vencida, entre as dez secretarias estaduais analisadas. De 2021 a 2022, 1.806.624 doses foram descartadas, o que representa 78% das 2.296.096 imunizantes perdidos entre essas secretarias.

    O relatório não detalhou se outras secretarias estaduais, além dos dez estados mencionados, também tiveram perdas. As informações se baseiam nos dados fornecidos pelo Ministério da Saúde sobre os estoques vencidos de 26 estados. Não foram incluídos dados referentes ao Distrito Federal.

    Ao se avaliar o cenário nacional, mais de 54,2 milhões de doses da vacina foram descartadas até o final de 2022, gerando um prejuízo estimado em R$ 2,1 bilhões. Estes imunizantes foram adquiridos pelo governo federal e distribuídos para estados e municípios. Segundo o TCU, até dezembro de 2022, o Brasil comprou um total de 820 milhões de doses.

    A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Paraná, em resposta, destacou que as vacinas, assim que chegavam ao estado, eram descentralizadas em até 24 horas. Esse processo contou com o apoio de aeronaves governamentais e caminhões da Secretaria de Saúde, garantindo o abastecimento regular para as 22 regiões de saúde e, consequentemente, aos municípios. A Sesa também afirmou que analisará as diretrizes e apontamentos do relatório do TCU e responderá conforme necessário.

    Com base no boletim da Sesa, o Paraná já confirmou mais de 2,9 milhões de casos de Covid-19 desde o início da pandemia, resultando em 46.317 mortes. A secretaria ainda informou que 10.719.471 pessoas já foram imunizadas contra a doença no estado.

    No TCU, o ministro Vital do Rêgo, relator do caso, solicitou que o Ministério da Saúde apresentasse em até 30 dias um plano de ação. Os ministros do Tribunal também recomendaram ao governo federal a criação de ferramentas para reduzir as perdas de vacinas, visando uma utilização mais eficaz dos recursos investidos na aquisição dos imunizantes contra a Covid-19.

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