Prefeitura de Maringá dará sequência à compra do terreno da prainha, afirma Ulisses Maia

Em junho, o Ministério Público recomendou à Prefeitura de Maringá a suspensão do processo de compra do terreno do Parque das Águas.

  • Em junho, o Ministério Público recomendou à Prefeitura de Maringá a suspensão do processo de compra do terreno do Parque das Águas. Em entrevista à Jovem Pan Maringá nesta quarta-feira (19), Ulisses Maia (PSD) afirmou que o município apresentou provas de que o processo está regular.

    Por Victor Ramalho

    O prefeito de Maringá, Ulisses Maia (PSD), afirmou que o município aguarda apenas o aval do Ministério Público do Paraná para finalizar a compra do terreno que irá receber o Parque das Águas, que ficou conhecida como “prainha” de Maringá. A declaração foi dada nesta quarta-feira (19), durante participação do chefe do Executivo no RCC News 7h, noticioso da rádio Jovem Pan Maringá.

    Durante a entrevista, Ulisses comentou que o MP-PR foi vítima de uma “fake news” ao recomendar que o município suspendesse o processo de compra do terreno. A recomendação foi expedida no dia 1º de julho e, na época, o órgão apontava que haviam ‘indícios de superfaturamento’ no preço a ser pago pelo município pela área. O prefeito garante que todo o processo está dentro da legalidade.

    “Infelizmente, até o Ministério Público caiu em uma fake news. Estamos na era das fake news, foi criada uma fake news sobre o assunto. Era uma questão interna, entre familiares lá atrás na matrícula (do terreno), onde houve uma transferência para irmãos com um preço baixo e quiseram dizer que aquilo era o valor de mercado. Nós tivemos informalmente explicando isso ao promotor, por meio das nossas equipes e a situação é muito simples: o MP fará a perícia e irá constatar o preço de mercado. O MP recomendou apenas a suspensão, é importante lembrar que uma recomendação de suspensão, seja do Ministério Público ou pela própria Prefeitura, não quer dizer que o processo é irregular. Nós temos dezenas de licitações por dia, uma ou outra às vezes é suspensa e as pessoas pensam que é por ilegalidade, não é. O que existe é a dúvida e, nesse caso, se suspende, prova que está tudo correto e OK”, disse.

    Na recomendação expedida em junho, o Ministério Público argumenta que o terreno, que o município pretende pagar R$ 6,3 milhões, foi negociado por cerca de R$ 1 milhão há pouco mais de 2 anos e meio. Ulisses garante que o valor de R$ 1 milhão citado na recomendação não corresponde ao valor de mercado da área. Ele afirma que o município já respondeu aos questionamentos do órgão.

    “Já provamos ao MP, importante lembrar que o MP não suspende, quem suspende é a Justiça, ele apenas recomenda, mas sempre acatamos as recomendações, achamos bem vindas. É o que vai ocorrer, vamos provar que está tudo ok e daremos sequência. Não há nenhuma outra forma que Prefeitura, Governo do Estado ou Federal consiga comprar algum terreno que não seja por preço de mercado. […] Nós já respondemos (os questionamentos do MP) imediatamente. Não fizemos o pagamento do terreno ainda em respeito a suspensão. O órgão vai avaliar se está tudo correto e daremos sequência”, disse.

    O terreno que receberá o Parque das Águas tem oito alqueires (193.600,00 m²) e fica às margens da PR-317. O projeto completo da construção foi apresentado à imprensa em janeiro e a previsão é que a obra seja concluída até dezembro de 2024.

    Foto: Divulgação/PMM

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