Rendimento médio dos brasileiros registra a menor marca histórica sob a administração Bolsonaro, diz IBGE

A renda média da população brasileira sofreu uma queda significativa de 6,6% durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

  • A renda média da população brasileira sofreu uma queda significativa de 6,6% durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL), marcando a menor cifra já registrada, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Apesar de um ligeiro aumento de 2% em 2022 em relação ao ano anterior, a renda média caiu de R$ 2.712 em 2018 para R$ 2.533 no ano passado.

    Durante a crise da Covid-19, a renda de todas as fontes viu uma redução de 3,4% em 2020 e 5,2% em 2021. Comparativamente, a queda foi menor em relação à renda média de R$ 2.600 em 2012, quando o Brasil experimentava um período de baixo crescimento e teve três anos de Produto Interno Bruto (PIB) negativo.

    No entanto, o IBGE apontou um aumento no número de pessoas que têm algum tipo de rendimento, atingindo 62,6% da população em 2022. A região Sul apresentou a maior porcentagem de pessoas com renda, enquanto o Norte teve a menor.

    O impacto da pandemia na economia brasileira também foi evidenciado, com perdas de 5,6% e 3,2% entre 2020 e 2021. No entanto, o crescimento de 6,6% do rendimento médio em 2022, foi em grande parte impulsionado pelo aumento do Auxílio Brasil, que substituiu o Bolsa Família.

    O relatório do IBGE também apontou um aumento de 8,8% na população ocupada em 2022, atingindo 95,2 milhões de pessoas, o maior número já registrado. O crescimento compensou as perdas de emprego durante a pandemia.

    Quanto à desigualdade de renda, houve uma ligeira melhora. O Índice Gini, que mede a desigualdade de renda, caiu para o menor valor da série histórica em 2022.

    Ao mesmo tempo, a dependência de programas sociais do governo disparou durante a pandemia. De acordo com o IBGE, o percentual de domicílios que dependem de programas como o auxílio emergencial aumentou de 0,7% em 2019 para 15,4% em 2021. Em 2022, a dependência do programa Bolsa Família aumentou para 16,9%, quase o mesmo percentual registrado em 2012.

    Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

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